O interesse por válvulas, rádios antigos e seus circuitos está tendo um renascimento no mundo todo, na atualidade. A restauração e o colecionismo de velhos radiorreceptores estão na moda. Sempre é uma satisfação para o profissional ou amador conseguir fazer que um equipamento valvulado histórico volte a funcionar. O fascínio de ver os elétrons brilhando no escuro não é de agora: perpetua-se até os dias de hoje, desde que as primeiras válvulas termiônicas foram inventadas.
- Segurança em primeiro lugar
Uma palavra de advertência para quem está se iniciando no ofício de lidar com circuitos valvulados: é preciso cuidado e conhecimento para quem pretende manusear, consertar e utilizar tais equipamentos. USE SEMPRE UM TRANSFORMADOR ISOLADOR, em especial nos rádios antigos, tipo CA/CC ou “rabo-quente”.
Rádios CA/CC são também chamados de “duas correntes” ou de “alimentação universal”. Rádios tipo “rabo-quente” são os que possuíam cabo resistivo, isto é, um resistor de fio embutido no cabo de alimentação do aparelho. Todos são perigosos por terem o chassi ligado diretamente à rede pública de corrente alternada. No Brasil foram poucos os receptores fabricados no verdadeiro sistema “rabo-quente”, a maioria de forma artesanal.
Dê preferência, na utilização, para um transformador isolador que tenha primário para a tensão da rede da sua localidade (220 ou 127 V, o padrão atual) e secundário para a tensão de funcionamento do receptor. Rádios antigos geralmente foram projetados para funcionamento em 110 ou 115 V: use estas tensões e não secundários de transformadores isoladores para os atuais 127 V da rede elétrica.
*Dante Efrom, PY3ET. Antennófilo, jornalista, radioamador, redator e autor de textos técnicos sobre eletrônica, radioamadorismo e reparações. Assinante, leitor e colaborador de Antenna/Eletrônica Popular no tempo de Gilberto Affonso Penna, PY1AFA.