Para o primeiro caso, tipicamente a verificação se aqueles toroides vindos da China são autênticos, por exemplo, uma medida de indutância e a verificação desse valor contra o cálculo, usando os dados do [suposto] fabricante, podem rapidamente ajudar a descartar gatos oferecidos como lebres. Lembrando pelo que se discorreu acima, que o fato de o AL “bater” não seria “suficiente” para sancionar 100 % a procedência do toroide.
Haverá o colega de confrontar indícios adicionais, como o acabamento do toroide, a cor (e especialmente a tonalidade delas) caso o dito cujo seja fornecido como da Micrometals (distr. p/Amidon nos EUA)v, etc.
Vale a pena ressaltar que, no caso duma avaliação mais “aberta”, isto é, sem ter certeza de qual material o toroide é feito, ele pode ser de outros materiais que ferrita, mas é ela a que requer mais atenção.
Outrossim, no Brasil os núcleos de carbonil são mais raros de se encontrarem do que os de ferrita, especialmente em lojas ou ofertas onlinevi. Por esta razão, mesmo que um tenha cores que se assemelhem aos desejadíssimos da Micrometals, uma redobrada verificação faz-se mister para a gente não ter dissabores em montagens que depois nos frustram no desempenho real.
Com essas ideias em mente, e levando em conta o que se discorreu nas seções acima, a abordagem para um núcleo desconhecido, então, seria determinar a indutância de uma bobina construída para esse fim no núcleo sob ensaio, que pode ir desde a ideia do Miguel, PY2OHH (https://www.qsl.net/py2ohh/med/altoroide/altoroide.html, consultado em 27 de fevereiro de 2023) que propõe o emprego de uma espira usando o medidor do mutirão do Grupo QRP-BR, ou uma abordagem mais “sostifikada”, proposta pelo colega holandês Walter, PE1ABR, que criou um objeto para facilitar o uso de uma bobina de dez espiras “desmontável”, uma vez que costurar as espiras no toroide toma tempo, (número para qual ele faz a consideração de que assim obter-se-ia a indutância como 1/10 do valor do AL) no nº 03/2008 da revista multinacional Elektor, na seção Mailbox, ou seja, a nossa boa e velha conhecida “cartas”.
Ele propõe a elaboração de um chicote com conectores para abrir as espiras e reusar a jiga de teste como se pode ver na Figura 3.
Figura 3: Acessório para medir indutância de núcleo toroidal.
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V Um kit de acoplador QRP de procedência chinesa trás um toroide tipo -2, cuja cor deveria ser vermelha, mas a tonalidade é mais “viva” que a cor original da Amidon, indicando, sem necessidade de muito ensaio que trata-se duma contrafação.
VI A empresa gaucha Magmattec oferece núcleos toroidais com material de pó de ferro similar ao -2 da Amidon, e denominam o seu material de “002”