Determinação do Tipo de Núcleo de Toroides Desconhecidos

Medida de Indutância

O assunto de medida de indutância é extenso e neste texto não se tem a pretensão de esgotá-lo, mas sim discutir a medida de indutância nas condições típicas de um shack radioamadorístico, sendo que aos colegas que dispõem, seja por propriedade ou acesso via QRL a instrumentação mais sofisticada, seguramente dominam os conhecimentos e as características desses equipamentos mais elaborados e acurados, prescindindo destas informações.

Uma frase interessante dos manuais da antiga HP, depois Agilent, atual Keysight[1], é a seguinte:

“Não existe R, C ou L puro.”

No campo de Metrologia em Eletricidade a gente costuma chamar as características não ideais dos componentes de “parasitas”.

Dependendo do método de medida que o instrumento usar, a percepção dessas parasitas é mais ou menos relevada.

Dos disponíveis comercialmente no “nível de entrada” desse tipo de instrumentação os princípios mais comumente empregados são o da ponte com “balanço automático” ou, o assim denominado, método da corrente e tensão (às vezes abreviado I-V).

Os medidores que apresentam apenas a indutância (como até alguns multímetros digitais que têm escalas para essa medida) conseguem apenas medir a, assim chamada, “indutância aparente”, por ser afetada pelo Q e pela capacitância parasita da bobina sob medida.

Os mais completos, mesmo os “de mão” (handheld), podem medir a ESR (resistência equivalente série) e medidas derivadas dessa separação entre a parte reativa e resistiva, como Q, ou fator de dissipação “D”, tan δ, etc.

Dependendo da tecnologia, esses instrumentos podem fazer as medidas em frequências desde 1 kHz até 5 MHz, alguns com “provisão” para emprego de fontes de excitação externas em adição àquela já incluída no aparelho (tipicamente pontes RLC).

Por isso, o experimentador deve ter em mente a frequência de teste do aparelho que é empregada para determinação da indutância.

Determinação do Tipo de Núcleo Toroidal

Com as ideias desenvolvidas nas seções anteriores vamos comentar aspectos da determinação do “tipo” de núcleo toroidal.

Aqui temos que examinar duas possibilidades que podemos nos deparar: a “conferência” de que um determinado núcleo seja duma certa especificação, ou uma determinação mais no “escuro”, mais iterativa.

Deixe um comentário