Cesar S. Rabak, PY2CSH*
Introdução
No decorrer da nossa jornada como radioamadores e experimentadores de eletrônica, é possível deparar-se via aquisições mais ou menos “conscientes” na nossa caixa de componentes núcleos de materiais desconhecidos, especialmente os toroides tão solicitados em montagens de uns tempos para cá.
Uma atenção especial será dada aqueles cujo material seja Ferrita, uma vez que eles são também oferecidos em carbonil de ferro, também de nominado corriqueiramente “pó de ferro”, materiais ferromagnéticos como aço silício, e mesmo materiais, geralmente plásticos, que têm como propriedade magnética comportarem-se como núcleos de ari.
Neste texto vamos discutir uma abordagem que nos seja acessível e prática para tentar determinar o material deles e alguns cuidados quando o uso contemplado deles for para RF em frequências mais altas que, digamos, 1 MHz.
Cálculo da Indutância de Bobina Toroidal
Para nós radioamadores a fonte primária e geralmente a mais acessível para determinação de indutâncias feitas em casa são as edições dos manuais (Handbooks) da ARRL e publicações assemelhadas, como as da RSGB, etc.
Nas versões recentes há uma seção “Electrical Fundamentals” e numa subseção encontrar-se-á, com certeza o item “Ferrite Toroidal Inductors”, e nela uma fórmula, por exemplo, na edição de 2014 [2, p. 254. Eq. 114], que aqui se transcreve, a Equação 1.
onde L é indutância obtida em mH, N é o número de espiras, e AL é uma constante que leva em conta o material e as dimensões do toroide em questão.
Nos catálogos da empresa nacional Thorton Eletrônica Ltda. essa constante é denominada “Fator de Indutância”.
* Mestre em Engenharia Eletrônica
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i Os núcleos fabricado pela Micrometals e redistribuídos pela Amidon, do tipo “-0” são de material fenólico, reconhecidos pela cor castanha deles.