Você pode estar achando contraditório eu apresentar o “interior” do circuito de uma porta lógica como esta, uma vez que eu disse lá atrás que uma das vantagens da Eletrônica Digital era que não precisaríamos preocupar com isto.
E não precisaremos mesmo; este circuito foi apresentado apenas como mera curiosidade. Na prática, teremos apenas que saber qual a função de cada pino do CI e as características elétricas que serão estudadas neste capítulo.
Os CI’s da família TTL, introduzidos no mercado inicialmente pela Texas lá pelo idos de 1962, hoje são fabricados por outras empresas.
A Texas criou dois grupos de CI’s para a família TTL, cuja nomenclatura começa com 54 ou 74.
Os CI´s de prefixo 54 são para militares, portanto, eletricamente mais robustos.
Já os CI´s da família 74 são de uso comercial e embora, ainda hoje, como eu disse, sejam encontrados para comprar, não são mais preferidos para novos projetos.
Entretanto, como os CI´s família 74 reinaram absolutos por muitos anos, é importante que estudemos suas características, uma vez que a tecnologia TTL, ou padrão TTL, como se costuma dizer, ainda está presente em muitos circuitos integrados atuais.
Uma das desvantagens dos primitivos TTL era o excessivo consumo de corrente, problema que já foi superado, graças ao avanço na tecnologia dos semicondutores.
Esta evolução trouxe uma outra família de circuitos lógicos, introduzida no mercado pela RCA em 1968 e conhecida pela sigla CMOS, que são as iniciais de Complementary-MOS donde se conclui que seus integrados, em vez de utilizarem os transistores bipolares, utilizam transistores MOS (Metal Oxide Semiconductor).
A principal vantagem dos CMOS sobre os TTL era um consumo de energia bem menor, a despeito de ter uma velocidade de processamento mais baixa, um problema que também foi superado ao longo do tempo.
O que é o “padrão” TTL?
A primeira coisa que você precisa obrigatoriamente saber é que os integrados da família TTL, da série 74, só podem ser alimentados Vale ressaltar que é fundamental
com 5 volts, admitindo-se uma tolerância de + ou – 5% neste valor, ou seja, podem trabalhar com tensões de alimentação entre 4,75 e 5,25V.