A questão é que, desde criancinha, nós aprendemos a trabalhar com a base 10, ou seja, o sistema de numeração decimal e nunca paramos para pensar que poderiam existir outras possibilidades como a base 2, ou sistema binário, que estamos vendo agora.
Quando entramos no mundo digital temos que conviver com os dois sistemas – o decimal, “dos humanos” e o binário, “da máquina”.
Então, os binários 10 e 11 correspondem, respectivamente, aos decimais 2 e 3.
Você notou que “combinando” apenas os dois bits (0 e 1) dos binários nós só poderíamos contar até quatro.
Em outras dígitos que palavras, com dois no sistema binário chamamos de bits só podemos expressar quatro “valores”, que, convenhamos não serve para nada.
Mas, pensando bem, sistema de base 10 seria a mesma coisa se utilizássemos seus dez dígitos que vão de 0 a 9 e, portanto, nunca iríamos escrever “números” maiores que nove.
E aí os hindus tiveram a grande sacada de “inventar” um sistema de numeração que além de decimal é também posicional, ou seja, cada digito (de 0 a 9) vai ter um “valor diferente” de acordo com aposição que ocupar no número.
É este sistema decimal que usamos também chamado de números arábicos (isso mesmo, os hindus inventaram e o árabes ficaram com a fama).
Vamos destrinchar isto melhor.
Por exemplo, no número 2438 o dígito dois deixa de valer dois e passa a valer dois mil (duas vezes mil) porque ele está ocupando a posição que chamaremos de “classe” dos milhares.
Da mesma forma, o quatro passa a valer quatrocentos (quatro vezes cem) porque sua posição é a da classe que chamaremos de classe das centenas.
Quanto ao três, do exemplo, ele vale trinta (três vezes dez) porque está na classe das dezenas e o oito vale oito mesmo porque está na classe das unidades.
Mais adiante veremos que estas mesmas ideias podem ser usadas num sistema de base dois como o binário da Eletrônica Digital.