Entretanto, normalmente transformadores comerciais modernos que forneçam mais que quinze volts em seus secundários costumam ser grandes, e nosso circuito trabalhará com alguns mA, somente. Olhando nossa sucata, encontramos alguns transformadores pequenos, mas nenhum com os 39VCA necessários. Havia lá também um pequenininho, de 12V por 150mA de capacidade de corrente, que caberia bem em uma pequena caixa para acomodar o testador, mas infelizmente a tensão de 12VCA, retificada e filtrada, fica muito longe do que precisamos, pois é algo em torno de uns 16VDC, sem carga.
Aí lembramos novamente do Prof. Paulo: um técnico hoje em dia não pode ser só um trocador de peças. Nesta hora, o “cucoruto” tem que fumegar um pouco e aquelas aulas de eletrônica básica voltam para nos assombrar. De lá lembramos que um transformador nos oferece corrente alternada e que podemos “negociar” essa corrente, com artifícios para aumentar a tensão DC de um circuito retificador em troca de sua redução, utilizando-se circuitos conhecidos por multiplicadores de tensão.
Em outras palavras, se pudermos pegar esses aproximados 16VDC e multiplicarmos por 4, por exemplo, teríamos em torno de 64VDC na saída, em troca de uma capacidade de corrente 4 vezes menor. Seriam, no nosso caso, mais ou menos 150mA/4 – em torno de 37mA – o que é suficiente para alimentar nosso testador de diodos.
O circuito utilizado foi o abaixo, no qual aproveitamos componentes de nossa sucata:
O testador é alimentado pela rede elétrica por intermédio de um transformador redutor de tensão com 12VCA no secundário e capacidade para 150mA, ou mais. Uma retificação em meia onda (D1, C2) fornece tensão CC para alimentar o voltímetro digital que irá medir a tensão do zener sob teste.
No mesmo secundário está ligado um circuito multiplicador de tensão do tipo Cockcroft-Walton, formado por D2, D3, D4, D5, C1, C3, C4 e C5, que fornece aproximadamente 60VCC para o testador. Este, por sua vez, é um gerador de corrente constante simples, controlado pelo transistor Q1, um BD140, cujas correntes de emissor e de coletor são determinadas por R2, D7 e D6. R2 pode ser modificado para diferentes correntes em Q. Utilizamos o valor de 68Ω, que, para a tensão de aproximadamente 0,65V sobre ele, fixa em mais ou menos 10mA a corrente no emissor de Q1.
É bom saber que a Antenna continua antenada e operante.
Muito bom. Vou montar .de grande ajuda na bancada.
Adorei rever a revista antena aqui ativa! Parabéns pra todos os que trabalham nesta empreitada.
Verei semanalmente o site.
Obrigado, Alexander,
Antenna é publicada mensalmente em torno do dia 15. Fique de olho.
Abraço,