Uma segunda questão que surge é a seguinte: essa melhor linearidade (maior fidelidade) compensa em relação às atuais tecnologias, ditas aquelas a partir da década de 1970?
Sabemos que hoje há amplificadores das mais diversas topologias e classes de operação que são reconhecidamente eficientes e de altíssima fidelidade. Há cinquenta anos atrás a realidade era outra e a transição para o estado sólido trouxe para a amplificação sonora ganhos expressivos em qualidade objetiva e eficiência, além de outras vantagens. De fato, na década de 1970 já havia materiais e tecnologia para a produção desses equipamentos. A pesquisa e o trabalho diligente dos engenheiros, físicos e outros especialistas, desde então, nos permitiu alcançar o estágio atual de tecnologia e qualidade.
Nosso foco, aqui, é nos amplificadores em classe A; apresentar um amplificador que trabalhe nessa classe e compará-lo com os modernos em classe B. Trataremos de amplificadores em outras classes no futuro.
Com as informações deste artigo, dividido em duas partes, você poderá montar um amplificador em classe A ou em classe B, com potência entre 20 watts e 25 watts no primeiro caso e para até uns 75 watts, no segundo caso, ambos em 8Ω.
As referências principais utilizadas aqui são os excelentes livros, de Douglas Self, o Audio Power Design Handbook, em sua 6ª edição, e o Designing Audio Power Amplifiers, de Bob Cordell, em sua 2ª edição, leituras mais que recomendadas para quem deseja realmente entender do assunto amplificadores de áudio.
E, finalmente, da mesma forma como cito aqui as referências que auxiliaram na confecção deste amplificador, as eventuais cópias ou adaptações dele, para fins não comerciais, não são proibidas, apenas devendo ser citada a fonte, ok?
Começando… pelo fim…
Como já demonstrado pelo professor Álvaro, amplificadores em classe A são ineficientes e dissipam muito calor. Potências elevadas, maiores que, digamos, 20 watts por canal em amplificadores em classe A estereofônicos necessitam dissipar normalmente mais que 100 watts na forma de calor, tornando o produto muito caro em todos os sentidos. Desta forma, começaremos pelo fim: qual potência de saída poderemos disponibilizar de uma forma razoável, para um amplificador classe A, e que seja viável para o leitor comum poder montar e ouvir suas músicas naqueles dias mais frios do ano?
De experiência própria, sabemos que de 50W a 60W podem ser dissipados de forma contínua por um par de transistores de potência modernos, com um bom dissipador.
Ótimo.
Muito bom!!!
Também montei um amplificador. Um JLH 1969 (10W) por canal.
No meu caso ficou assim:
Amplificador monobloco “CLASSE A” PURO / em 6 e 8 ohms
Alimentação: 18V DC
I.Q. (BIAS) = 2A
TESTES:
Potência máxima sem distorção (1kHz) = 7W rms (por canal)
Entrada máxima de sinal sem distorção (1kHz) = 524mV (-3,5dB)
Saída máxima de sinal sem distorção (1kHz) = 6,45V
Baseado no circuito do Engenheiro Eletrônico John Linsley-Hood 1969.
No meu canal do youtube tem alguns testes que fiz do amplificador.
PDF CIRCUITOS:
https://drive.google.com/drive/folders/1hqNqf1LpdyNb26nMPSwo5KOk3z-7M26V
Videos testes do amplificador CLASSE A:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLceAdLTPocSHFkuiKAzEND4Blkb3-oGuQ