Quando estávamos pesquisando os manuais da RCA para escrevermos o artigo do “Hi-End”, nos deparamos com os circuitos propostos por aquela empresa para seus componentes.
Apesar de os montadores e hobistas usualmente explorarem a montagem dos modelos mais simples, de 40W e de 70W, a RCA apresenta circuitos básicos para potências de até 300W contínuos, o que, na década de 1970, quando o manual de transistores de potência e suas aplicações foi editado pela primeira vez, era muita coisa. Aliás, ainda hoje 300 watts são muita coisa…
Entretanto, os modelos mais potentes são, também, mais complexos, e requerem mais cuidados e atenção do montador. Talvez por isso não encontremos tantas montagens deles na Internet.
O circuito proposto para 200W chamou nossa atenção, e resolvemos montá-lo, mostrando aos leitores o processo, uma placa impressa funcional e os resultados de nossas medidas.
Como o pessoal gosta de nomes bonitos e algarismos romanos, não poderíamos deixar de seguir a tendência e chamamos nosso protótipo de “Superraiende” MK-MCMLXV, uma classe superior em relação aos “Hi-End” disponíveis para montagem por aí. E, futuramente, poderemos ter o “Ultraraiende” também, quem sabe…
Feita a apresentação deste sensacional amplificador, vamos ao que interessa.
Desde os primeiros manuais, a RCA propõe 4 modelos de amplificador em simetria quase-complementar, com um conjunto de transistores que ela denominava de séries 1A, 1B, 1C e 1E. Não se encontram mais no comércio, obviamente, mas os modelos comerciais nos quais ela se baseou para essas séries ainda estão disponíveis. De qualquer forma, mostraremos também equivalentes modernos, que apresentarão resultados similares. Os da série 1B, por exemplo, aparecem no manual de 1978, na página 301, como BD550A, B e C.
O circuito original da RCA demanda alguma alteração para o uso com cargas de 4Ω, conforme ela mesmo explicita em seu manual, pois os protótipos propostos são todos para trabalho com 8Ω de carga
Preferimos fazer essas mudanças, pois acreditamos que seja comum o uso de sonofletores de impedância mais baixa atualmente, além, é claro, de permitir o uso de cargas menos comportadas em relação à impedância, o que é bom. Ter reserva de potência nesses casos é mais uma garantia de boa reprodução sonora.
Se precisar tenho esse databook em .PDF da RCA
Obrigado, Xará! Esse já tenho aqui.
Fazer propaganda do site na lista do AudioTubes. Aliás, meu CM-5000 continua esperando uma hora para trocar os eletrolíticos e fazer revisão. Pensando em desativar o turnover e chave seletora de stereo/reverse/mono/r/l que é útil mas acrescenta fiação etc