Se a resistência do enrolamento da cabeça for igual à sua reatância indutiva à frequência de transição, é claro que a impedância da cabeça não poderá descer abaixo do valor de R.
Assim, abaixo da transição, a corrente se manterá constante, pois R é quem prepondera, ao passo que, acima da transição, o valor de Xi prepondera. O valor da corrente (I) em função dos fatores R e Xi, é dado na fórmula:
I = E/(R + jXL)
Por estas duas fórmulas pode-se ver que, em qualquer frequência, estão sempre presentes tanto o elemento resistivo como o reativo, sendo que, à frequência de transição, ambos têm igual valor. Daí, a frequência de transição não ser súbita como aparece na Fig. 6 e sim como aparece na Fig. 7.
FIG. 7 — Gráfico real de uma característica “velocidade constante modificada”. Ver texto.
Considera-se como ponto de transição aquela frequência em que a velocidade é 3dB menor do que o valor constante, o que ocorre, justamente, na frequência em que a resistência é igual à reatância. É preciso ter sempre em mente que a transição é relatada ao gráfico em velocidades.