Nota-se, ao primeiro exame, que se chegaria a um ponto ilustrado na Fig. 4-C, onde a agulha reprodutora não teria nenhuma possibilidade de seguir o contorno do sulco. Mesmo no caso da Fig. 4-B, já haveria séria distorção, pois tendo o sulco uma certa largura e a ponta da agulha um certo raio, as duas paredes do sulco teriam curvaturas desiguais, como se ilustra na Fig. 5.
5 — Curvaturas desiguais das paredes do sulco.
Torna-se evidente, portanto, que, à medida que a frequência fosse aumentando (com consequente encurtamento do comprimento de onda), a amplitude deveria ser reduzida, a fim de que fosse mantido um conveniente raio de curvatura e a agulha reprodutora pudesse seguir o sulco.
Aparentemente, a solução está no uso de gravações em velocidade constante, a qual satisfaz essa condição de amplitudes mais reduzidas em frequências mais elevadas. Infelizmente, a gravação em velocidade constante apresenta outros inconvenientes, tão sérios quanto os da amplitude constante.
Numa gravação contendo frequências de 50c/s a 10.000c/s, há uma relação de frequências da ordem de 1:200. O espaçamento normal entre os sulcos de uma gravação é da ordem de cerca de 0,1 milímetro.
Se todo este espaço fosse ocupado pela amplitude de um sinal de 50c/s, um sinal de 10.000c/s ocuparia uma amplitude de 0,0005 milímetro. Tal amplitude é da ordem das irregularidades do próprio material de que é feito o disco e o sinal se perderia no ruído de fundo.