Assim, os níveis de sinal realmente gravados num disco podem ser definidos tanto em termos de amplitude como de velocidade.
Como uma amplitude constante corresponde a uma tensão de alimentação e de saída constante (caso piezelétrico), e uma velocidade constante corresponde a uma tensão de alimentação e de saída constante (caso eletrodinâmico), segue-se que, conforme o caso, a amplitude ou a velocidade podem ser dadas como correlatas à frequência.
Na verdade, é comum especificar-se níveis de gravação em termos de amplitudes ou de velocidades eficazes e, mesmo, expressar-se relações de amplitudes ou de velocidades, em decibels.
A representação gráfica dos níveis de gravação é, geralmente, em termos de velocidade. Assim, as representações das gravações em amplitude constante e em velocidade constante tomam as formas da Fig. 3.
De posse destes conhecimentos, dir-se-ia que o caso não apresenta qualquer problema especial e que tudo se resume em reproduzir gravações em amplitude constante com cápsulas de cristal e gravações em velocidade constante com cápsulas magnéticas.
Entretanto, ocorrem problemas de ordem mecânica. Vejamos o fenômeno geométrico da inscrição do sulco na superfície do disco. Se gravássemos várias frequências em amplitude constante, os ciclos das frequências mais elevadas seriam mais curtos, pois o comprimento de onda é inversamente proporcionai à frequência.
Assim, a relação entre os diversos comprimentos de onda e a amplitude constante tornar-se-ia cada vez menor à medida que a frequência fosse se tornando mais elevada (Fig. 4).
FIG. 4 — Aumento da curvatura do sulco com a frequência, se a amplitude é mantida constante.
