FIG. 3 — Relação entre a velocidade e a frequência numa gravação em “amplitude constante” (a), e em “velocidade constante” (b). Ver texto.
Como cada vez que a frequência é dobrada a amplitude se reduz à metade (no caso da cabeça magnética) a velocidade do deslocamento da armadura é constante, pois V = 2xfa (onde V é a velocidade, f a frequência e a a amplitude), e este tipo de gravação é chamado “velocidade constante”, em oposição ao tipo de gravação obtido com a cabeça de cristal que é de “amplitude constante”.
No processo de reprodução do disco, o resultado obtido também depende do tipo de cápsula reprodutora usada. Estas são, também, de dois tipos: as piezelétricas ou de cristal e as eletrodinâmicas ou magnéticas. Nas de cristal, a tensão de saída gerada é proporcional ao deslocamento imposto à armadura (e ao cristal) e, portanto, à amplitude do sulco.
Nas magnéticas, a tensão de saída é proporcional à velocidade do deslocamento da armadura, porque em qualquer gerador eletromagnético a tensão gerada é igual a BlV x 10-8 (onde B é a densidade do fluxo magnético, I é o comprimento efetivo do condutor e V a velocidade).
Podemos concluir que um disco gravado com várias frequências em constante amplitude dará uma tensão constante de saída, se reproduzido com uma cápsula de cristal, e um gravado em constante velocidade também dará uma tensão constante de saída, se reproduzido com uma cápsula magnética. O resultado, em ambos os casos é perfeito, pois corresponde ao original, onde ambos os discos foram gravados com uma tensão constante aplicada à cabeça, fosse ela de cristal ou magnética.
Dadas as relações entre a amplitude e a velocidade (V = 2πfa) vimos que uma amplitude constante corresponde a uma velocidade crescente ao passo que uma velocidade constante corresponde a uma amplitude decrescente.