Característica de Gravação*

FIG. 9 – Circuito reforçador de agudos

No caso de uma cápsula de cristal, a saída elétrica da cápsula seria constante até a transição, mas desceria acima dela. Assim, o nosso equalizador tomaria a forma da Fig. 9. Assim, abaixo da transição o condensador seria insignificante como elemento em paralelo com Ri, ao passo que acima da transição o capacitor começaria a se tornar um curto-circuito em paralelo com Ri, reduzindo cada vez mais a atenuação, com consequente progressivo aumento da saída.

Durante muito tempo, a característica de velocidade constante modificada foi a única usada pelas diversas companhias gravadoras e, ainda hoje, é usada em alguns discos, variando a frequência de transição, segundo os gostos ou outras conveniências, entre 250 e 800 ciclos, algumas sendo feitas com transição a 1.000 ciclos.

A partir desta característica de velocidade constante modificada, surgirão as mais diversas variantes. A primeira variante introduzida foi a pré-ênfase. O atrito entre as paredes do sulco e a ponta da agulha reprodutora produz um ruído peculiar (chiado) que é composto, principalmente, de componentes de alta frequência.

Então, se nós gravarmos as frequências mais altas com maior intensidade e as reduzirmos proporcionalmente no processo de reprodução, é evidente que tais frequências, ao serem atenuadas, voltarão ao nível normal, ao passo que o chiado, que não sofreu aumento, será realmente atenuado. É a este acréscimo de nível nas frequências mais altas que se dá o nome de pré-ênfase.

O processo de atenuação proporcional que tem lugar na reprodução é o que se chama de-ênfase.

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