Se a característica de gravação fosse traçada em amplitudes, um ponto em que a amplitude fosse 3dB mais baixa não seria o ponto de transição.
Quando se vai reproduzir um disco gravado com esta característica de gravação, torna-se necessário o uso da chamada “equalização”.
FIG. 8 – Circuito reforçador de graves.
A equalização consiste em se fazer com que a tensão de saída da cápsula reprodutora sofra as modificações necessárias para que a tensão de saída do amplificador seja constante e independente da frequência. Um disco gravado em “velocidade constante modificada”, dará, se reproduzido com uma cápsula magnética, uma tensão de saída que será constante acima da frequência de transição, mas que decrescerá progressivamente abaixo da transição.
Então, o nosso ‘equalizador” deverá ser um dispositivo que aumente progressivamente o ganho do amplificador (6 dB por oitava), a partir da transição até a frequência mais baixa gravada. Para fazer tal coisa, o equalizador tomará a forma de um divisor de tensão, formando um atenuador fixo composto de duas resistências, uma delas tendo, em série, um capacitor, como se vê na Fig. 8.
Se o capacitor tiver uma reatância capacitiva igual ao valor de Rz, à frequência de transição, acima desta frequência o capacitor vai-se comportando como um curto-circuito, mantendo uma atenuação fixa e, portanto, uma saída constante.
Abaixo da transição, a reatância capacitiva do capacitor vai-se tornando cada vez maior, com consequente redução da atenuação, o que fará a saída elétrica do atenuador crescer progressivamente.