Exemplo de interface de áudio com entrada balanceada. Foto: Motu.com
Ao se pegar esse sinal e injetá-lo em um pré-amplificador totalmente balanceado, e após em um amplificador de potência de concepção similar, conseguimos utilizar o conceito em sua plenitude, sem conversões que degradam o sinal, e com vários ganhos em termos de distorção, banda dinâmica, e relação Sinal-Ruído.
A maioria dos equipamentos existentes no mercado faz a conversão de balanceado para desbalanceado toda vez que há a interconexão entre equipamentos. A performance de produtos projetados dessa forma é muito inferior ao caso anterior e em produtos assim, no uso doméstico, talvez se obtenha melhor performance e qualidade utilizando-se as entradas e saídas desbalanceadas, pois os cabos percorrem distâncias curtas e tem sinais relativamente elevados.
Evitando-se as diversas conversões de sinal de balanceado para desbalanceado e vice-versa, diminui-se a degradação do sinal a cada conversão feita.
Conexões balanceadas em equipamentos residenciais devem ser utilizadas somente em locais com intensa poluição eletromagnética. E se possível, a topologia dos produtos utilizados deve ser totalmente balanceada, se o bolso do leitor assim o permitir, caso contrário a qualidade do sinal será comprometida.
A única interconexão onde existe vantagem no uso da conexão balanceada é entre a saída do pré-amplificador e a entrada do amplificador de potência, que é onde, em situações de uso normais, o sinal é baixo. E, fazendo somente uma conversão, não degradamos demais o sinal. O leitor, se possuir um sistema com entradas e saídas balanceadas e desbalanceadas, deve avaliar qual a melhor condição de operação para o seu sistema com base numa audição, levando em conta o conhecimento das características de seu equipamento.