Quanto às fontes de sinal analógicas, estas estão rapidamente caindo em desuso, talvez à exceção da transmissão em FM, que ainda continua firme e forte, não por falta de opção tecnológica, mas sim por falta de regulamentação para a mudança em nossa terra.
Das fontes analógicas, temos a transmissão FM, o disco de vinil (que virou um mercado de nicho – e, dizem, está crescendo novamente) e as fitas cassete e de rolo, estas últimas em pleno esquecimento. Todas essas tecnologias possuem sérias limitações de performance, que afetam a qualidade do sinal reproduzido de forma significativa, como veremos em breve.
No caso dos discos de vinil, além dos “clics” e “pops” que perturbavam a reprodução das músicas, talvez a distorção e a relação sinal-ruído fossem as maiores limitações. Já no caso das fitas gravadas em formato analógico, os gravadores de rolo de melhor qualidade (e que gravavam na fita em velocidades mais altas) apresentavam boa performance, mas o seu custo para o usuário comum era proibitivo.
A bem da verdade, mesmo os equipamentos mais simples do tipo “reel-to-reel” (ou rolo) tinham um custo elevado ao consumidor, de forma que poucos podiam usufruir de sua melhor qualidade. A fita cassete apresenta sérias limitações de resposta em frequência, distorção e relação sinal-ruído, de forma que com a chegada da tecnologia digital elas foram logo abandonadas e são, hoje, utilizadas por poucos.
Dessa forma, dado que a tecnologia digital evoluiu tremendamente na última década e que a tecnologia analógica está estacionada ou em alguns casos evoluindo muito lentamente (como é o caso dos discos de vinil), iremos falar muito mais das fontes digitais em nossa série do que das fontes analógicas, e, para chegarmos a discutir alguns itens com propriedade, teremos de iniciar pelo básico: iremos discutir como a tecnologia digital funciona, quais são as formas de codificação e de compressão (com perdas e sem perdas), os formatos de arquivo e armazenamento, e a transmissão e conversão do sinal digital em analógico para que nossos ouvidos possam ouvir o som reproduzido.
Como já se tornou padrão em nossos artigos, veremos como se pode obter o melhor custo-benefício e performance das escolhas que fizermos, assim como poderemos recomendar algumas configurações interessantes e, como sempre, derrubar alguns mitos que existem também nessa área.
Como o espaço desta edição já está chegando ao fim, começamos no mês que vem. Até lá!