Apresentando (ou Reapresentando???) o Capyau

Depois de um sanduíche de pão com Melhoral, e um refresco de sal de frutas com sonrisal, lá fomos nós para a cama, achando que por causa daquela rádio-freqüencite supurada iríamos apagar os filamentos para sempre!

No dia seguinte, já algo refeitos da “surra” da véspera, fomos para a nossa bancada e… EUREKA!… VITÓRIA!…, por que não havíamos pensado nisso antes?

O nosso O.F.V. não estava oscilando em 3500 kHz, e sim em 5250 kHz, e o que nós  estávamos sintonizando não era o 3º harmônico, e sim o 2º!

Como verificar a veracidade de nossa descoberta? Já sei!… um ondâmetro de absorção!

Mais uma “fuçada” no caixote da sucata, e com algumas horas de trabalho, depois de uma consulta ao “Handbook” da ARRL, surgiu um ondâmetro de absorção ultrassensível, composto de 4 bobinas intercambiáveis, um capacitor variável de 140 pF, um miliamperímetro de 0 a 1 mA, e um diodo de germânio, tudo alojado numa caixinha de alumínio.

E o mostrador transparente? Como conseguir ali na roça um pedaço de acrílico?

Nesse dia, o canário teve o seu comedouro de plástico substituído por uma miserável lata de sardinha vazia, e o fundo do comedouro lá está no ondâmetro, marcando com precisão as frequências de trabalho!

E, agora, a calibração… “cumé qui é”?

Lá fomos nós na veterana Kombi até a cidade (Nova Friburgo), atrás de socorro com os “cobras eletrônicos” locais.

Lá chegando, perguntamos ao primeiro “cobra eletrônico” contatado (era o Rhony – PY1MHQ):

“O colega sabe quem tem um ressonímetro para me emprestar por algumas horas, para que eu possa calibrar o meu ondâmetro?”

“Eu tenho”, responde o Rhony.

“E o colega poderia emprestá-lo?”

“Posso”, respondeu o Rhony, e unindo a ação às palavras, trouxe lá de dentro um… lindo…! lindo…! lindo…! “Grid-Dip-Meter”, James Millen, com um jogo de bobinas intercambiáveis, abrangendo de 200KHz a 220 MHz.

E lá voltamos nós para a roça, tocando a Kombi a 20 km por hora, por causa da “preciosidade” que o bom Rhony nos havia confiado. Calibrado o ondâmetro, devolvido o ressonímetro ao seu dono, lá vamos nós reiniciar o tratamento!

Batata… lá estava o ondâmetro acusando, sem sombras de dúvida, a frequência de oscilação do O.F.V. em 5250 kHz, em lugar dos 3500 kHz pretendidos!

Um comentário sobre “Apresentando (ou Reapresentando???) o Capyau”

  1. Carlos Santos26 de setembro de 2024 às 3:17 PMResponder

    Pessoal boa tarde.
    Voces não imaginam a alegria de reler O Capyau. Relembrando os idos de antigamente.
    Obrigado pela lembrança.
    Abraços
    Carlos

Deixe um comentário