ANTENNA – Uma História – Capítulo XXXVIII

O primeiro impacto era o tubo de raios catódicos com tela circular,  na qual era formada uma imagem retangular (daí o tamanho da tela dos televisores até hoje ser medida na diagonal, o que representava o diâmetro dos tubos primitivos). Em seguida vinha o chamado “Funil” , metálico, ligado ao cabo de M.A.T., com cerca de 10.000 Volts!

Tal como você deve estar imaginando, se, ao realizar algum serviço, o técnico (ou o curioso) tocasse, ou mesmo se aproximasse em demasia do tal funil, receberia uma violenta descarga elétrica. Este tipo de tubo ainda era encontrado no final da década de 1950 em alguns televisores mais antigos, principalmente os da RCA.

Para complicar ainda mais as  coisas, no “pescoço’ do tubo, próximo ao soquete , ficava instalada uma peça magnética, chamada de “Ion Trap”. Caso sua posição fosse alterada acidentalmente (o que era frequente) a tela escurecia, mascarando a avaria inicial.

Chama também a atenção o enorme ( e pesadíssimo) transformador de forca, com cerca de 500W, cujo secundário de alta tensão ficava ligado a um par de válvulas 5U4.

Os primeiros televisores possuíam  canais em separado para as frequências intermediárias  de áudio e vídeo, o que fazia aumentar o número de válvulas dos televisores (um televisor doméstico, com tela de 14 polegadas possuía cerca de 25 válvulas). 

Por outro lado, por possuir várias válvulas iguais, os técnicos tinham como fazer substituições no próprio televisor.

Sem contar com um problema sério, em relação à frequência da rede de CA, que era de 50 Hz,  e o padrão de varredura, em 60 Hz. Bastava algum pequeno desequilíbrio na filtragem para que surgisse na tela uma barra escura horizontal.

Tal problema só foi totalmente solucionado na década de 1960 com a adoção da rede de CA em 60 Hz. 

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FIG 2 – Parte de um televisor da década de 1950   

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