Para “sorte” dos técnicos, digamos assim, a grande maioria dos defeitos, cerca de 80% eram provocados por válvulas fracas ou com algum elemento em curto.
Com um pouco de prática e conhecimento, o conserto de muitos televisores não demorava mais do que meia hora. No entanto, como os aparelhos possuíam em média 22 válvulas, carregar todos os tipos de reposição era uma tarefa praticamente impossível.
Mais uma vez, a sorte estava ao lado dos técnicos. Embora fossem muitas válvulas, havia uma série de duplicidades, pincipalmente de 6SN7 na varredura e 6CB6 / 6AU6 nos canais de FI .
Uma vez que a avaria tivesse sido localizada, começava uma busca no chassi do televisor à procura de uma válvula equivalente, na esperança de que a válvula supostamente fraca ainda funcionasse em outro circuito, o que geralmente ocorria.
Quando a avaria exigia alguma intervenção no chassi, aí sim, as coisas ficavam complicadas, a começar com o peso do conjunto, que incluía o TRC. Em alguns aparelhos, a solução era deitar de costas no chão e trabalhar tal e qual um mecânico debaixo do chassi dos automóveis o faria. Pense agora em soldar um simples capacitor em tal posição.
FIG 3 – Ilustração de J. Kempner- 1951
E pensar que, hoje, existem técnicos reclamando da vida ao ter de trocar um barramento de LEDs…
