ANTENNA – Uma História – Capítulo  XLVIII –  Então é Natal

O “fechamento” de uma revista requer uma série de providências que parecem intermináveis. Imagine agora uma revista impressa, que requeria o trabalho da gráfica, o prazo do distribuidor, as exigências dos anunciantes e a impaciência dos leitores…

Antenna não fugia à regra, tendo ainda de lutar contra a falta de  papel de imprensa, que era importado, e o número reduzido de colaboradores, lembrando que todo o corpo técnico possuía também outras atividades profissionais. Nos exemplares da década de 1940, por exemplo,  podemos observar que, embora a tiragem fosse superior aos 12.000 exemplares, a publicação acabava por atrasar. A  solução adotada era, no final do ano, lançar um exemplar que incluísse os meses de novembro e dezembro, quase sempre com um número maior de páginas, como nos famosos “Almanaques’ de final de ano, muito comuns na época.

Até mesmo a capa, em algumas ocasiões mereceu uma diagramação natalina, como aquelas de 1947/49. Para os leitores era algo de especial, em que quase sempre era publicada uma montagem interessante, além de um acréscimo substancial de respostas na seção “Diga-me Por quê?”, que, para muitos, era a única opção para a obtenção de uma orientação técnica em suas oficinas, em uma época em que não havia Internet, redes sociais ou fóruns.

O “Diga-me Por quê apareceu pela primeira vez em 1926, tendo sido suprimido no início da década de 1960, fornecendo apoio técnico por cerca de 40 anos, sendo ultrapassada em termos de longevidade apenas pelo TVKX, na ativa há 57 anos.

FIG 1 – Antenna – Novembro e dezembro de 1949

* Professor de Física e Engenheiro de Eletrônica

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