Graças ao seu bom relacionamento com a direção da SNE, ficou acertado que alguns exemplares do “Ferri-Loopstick” (nome comercial do componente) seriam enviados à empresa, a fim de que, através de um processo de Engenharia Reversa, tivesse seus segredos desvendados.
Dessa forma, a partir de 1957, os técnicos e hobbystas puderam adquirir no mercado nacional a “Supertena”, que logo tornou-se o “carro-chefe” da empresa, passando a publicar em página inteira o “Boletim Supertena”, que por sua vez trouxe para os leitores as primeiras montagens empregando transistores, no caso o CK722 , um componente PNP de Germânio, com baixo ganho e elevado nível de ruído, porém considerado como de alta tecnologia.
FIG 2 – CK 722
Embora seu custo fosse inicialmente bastante elevado (US$ 7,50 em 1953), foi amplamente utilizado na época. Antenna e Eletrônica Popular publicaram várias montagens com o CK722, além daquelas do “Boletim Supertena”.
A Era dos Transistores finalmente havia chegado por essas bandas, apesar do pouco ou nenhum conhecimento acerca do princípio de funcionamento daquele componente, que era embalado individualmente em uma espécie de envelope de cartolina.
FIG 3 – Amplificador transistorizado – outubro de 1957