ANTENNA – Uma História – Capítulo  XLVI

Jaime Gonçalves de Moraes Filho*

Primeiros Passos

A década de 1950 foi, sem dúvida, a época em que Antenna mais se destacou. O surgimento da televisão no Brasil e a “febre” da Alta Fidelidade sustentaram por durante toda a década a ávida procura por informações.

Apesar de muitos artigos de origem estrangeira ainda povoarem as páginas da revista, vários autores nacionais se destacaram naquele período, como Pierre Henri Raguenet, Emilio Alves Velho, Norival Aguiar e outros , apresentando montagens de grande interesse e elevado nível técnico.

Observa-se também um elevado volume de anunciantes, o que confirma o princípio citado por G.A. Penna, de que  “a receita oriunda dos anunciantes deverá cobrir todas as despesas da revista antes de sair da gráfica, independente da tiragem e do volume de vendas”. 

Para os anunciantes, o fato de a tiragem sempre ultrapassar os 10.000 exemplares era a garantia de alcançar o público-alvo rapidamente.


Como exemplo, vale a pena lembrar de que somente em 1953 é que os técnicos brasileiros tomaram conhecimento, através de um artigo publicado no mês de agosto daquele ano, dos indutores ajustáveis com elevado fator “Q”. A descrição de um receptor a Galena empregando aquele tipo de componente despertou a atenção de muitos. Na ocasião, Dr. Gilberto fez um apelo aos fabricantes nacionais para que iniciassem a fabricação daquele tipo de indutor, devido ao seu emprego em futuras montagens.

FIG 1 – Antenna – agosto de 1953

* Professor de Física e Engenheiro de Eletrônica

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