Mas… o que seria exatamente tal instrumento? Segundo relatou o próprio Dr. Gilberto: “O Diagnotron localiza num instante a etapa defeituosa, resolve os casos de intermitência e de ruídos espúrios, identifica o circuito ou o componente defeituoso, serve para calibrar com grande precisão os circuitos ressonantes e analisa o desempenho das diversas etapas”
No entanto, os problemas a serem enfrentados eram desafiadores: A construção em gabinete metálico exigia precisão, os cristais de quartzo deveriam ser fabricados mediante encomenda, além de bobinas, transformadores e chaves seletoras especiais. Após vários meses de trabalho o protótipo foi testado por um grupo de técnicos, entre os quais: Amaro Bittencourt, A.F. Trindade, Pierre Raguenet, George Bauer e o próprio Dr. Gilberto, que aprovaram o desempenho do Diagnotron.
Houve promessas, feitas por determinada empresa, para preparar a parte mecânica, mas esta, por diversos motivos, deixou de cumprir suas tarefas.
Porém, com o advento dos transistores, todo o circuito tornou-se obsoleto, uma vez que foi projetado para o serviço em equipamentos a válvulas. Gilberto Affonso Penna o considerou “o maior fracasso editorial já ocorrido na revista”.
Nos anos 70, ainda descansava em uma das prateleiras do prédio da Ladeira do Faria uma volumosa pasta com a etiqueta “ Projeto Diagnotron”… Por onde andará?
O número referente a junho de 1954 traz o início série “A Oficina de Seu Quincas”, originalmente publicada na Radio & TV News com o título “Mac´s Service Shop” , relatando as histórias de Seu Quincas e Tião, tornando-se inspiração para o surgimento do TVKX.
FIG 3
Projetos bem da época, como o uso da válvula retificadora