No entanto, os receptores de rádio começaram a ficar mais sofisticados, com a adoção de amplificadores de RF e monoblocos e transformadores de FI com alta seletividade, tornando a manutenção mais complicada e exigindo cada vez mais o uso de multímetros, geradores de RF, pesquisadores de sinais e provadores de válvulas. Algo inacessível para a grande maioria dos técnicos em rádio reparações.
Preocupada com tal situação, a Equipe Técnica de Antenna passou a publicar vários equipamentos caseiros para manutenção, porém esbarrando, muitas vezes, na falta de componentes específicos e até mesmo na dificuldade em se arrumar algum tipo de gabinete para alojar os aparelhos.
Convém lembrar que estamos nos referindo ao período imediato do pós Segunda Guerra, quando começaram a ser desenvolvidos os plásticos, chamados àquela época de “matéria plástica”. Aliás, tal situação só veio a ser resolvida no Brasil na década de 1970, quando Geraldo José Vancetto, em uma pequena fábrica localizada em São Paulo, começou a fabricar as famosas “Caixas Patola”, facilmente disponíveis hoje em dia. Até então a solução era fabricar os gabinetes (chamados por muito de “Caixas”) com chapa metálica ou madeira.
Surge então a ideia de publicar um artigo com todas as informações necessárias à montagem de um completo equipamento de provas, de fácil montagem, operação simples e custo acessível. A possível solução estava bem próxima, em um projeto de Renato Cingolani, que começou a ser desenvolvido na época em ele que cursava engenharia.
Já fazendo parte da equipe de redação, Cingolani apresentou o projeto a Gilberto Affonso Penna, que, ao tomar conhecimento do equipamento “Diagnosticador de defeitos”, passou a conduzir o projeto prático do instrumento, capaz de substituir vários outros, agora denominado “Diagnotron”.
FIG 2
Projetos bem da época, como o uso da válvula retificadora