Vamos lembrar que, naquela época, talvez o maior problema encontrado pelos entusiastas da Radiofonia fosse a obtenção da Corrente Contínua destinada a alimentar as válvulas (que na ocasião eram chamadas de “lâmpadas”) a partir da rede elétrica de CA. Embora fossem amplamente utilizados, os retificadores químicos exigiam uma manutenção permanente, além de pouco eficientes.
No artigo publicado, é sugerida a construção daquilo que, anos mais tarde, seria conhecido como “Vibrapack”, e que foi empregado amplamente nas décadas de 1930/50 nos receptores para automóveis. Através da leitura do artigo, observa-se a necessidade de bons conhecimentos de mecânica e de uma oficina bem equipada.
Por outro lado, observamos também uma necessidade de manter um maior contato com os leitores, o que levou aos editores a promover alguns concursos, como aquele lançado em 1926 que iria premiar o autor da ideia mais original, através de uma seção intitulada “Ideias de Amador”.
De início, seriam distribuídos prêmios valiosos, tais como uma bateria de 32 Volts – 3 A, uma bateria de 4 Volts, um receptor a Galena com fones, um transformador de acoplamento para áudio e um par de fones. Verdadeiras preciosidades na época…
A primeira ideia a ser premiada foi a fabricação de um suporte para válvulas, cabendo o terceiro lugar à fabricação de um tipo de borne, obtido com a adaptação de um alfinete para fraldas.
FIGURA 2