Para contornar tais problemas, Antenna divulgaria uma maneira prática de se montar uma bateria destinada a alimentação das placas das válvulas, ou ‘bateria B”, que por sua vez deu origem a abreviação da alimentação “+B”.
Com a utilização de tubos de ensaio, uma estante e lâminas de Ferro e Níquel era possível se construir em casa uma bateria B, capaz de fornecer alguns poucos miliampères destinados a alimentar um receptor sem etapa de potência.
Bateria de Ni-Fe com tubos de ensaio – Antenna – Nº3
Não pensem os leitores que aí terminavam os problemas… Componentes básicos, como capacitores e resistores, muitos dos quais, hoje em dia, são sucateados às centenas, tinham custo elevado e nem sempre estavam disponíveis naquele valor desejado, como ,por exemplo, os resistores de alto valor empregados nos circuitos amplificadores, para a polarização de grade.
Mais uma vez Antenna publicou em seu número 4 uma ideia para solucionar tal problema, empregando uma tira de fenolite, dois parafusos e… um traço feito com lápis número 1, antecipando o que muitos anos mais tarde daria origem aos circuitos impressos. Para “ajustar” o valor de tal resistor, simplesmente lançava-se mão de uma borracha de apagar.
Mas…. se os multímetros ainda não haviam chegado por aqui, como saber o valor exato de tal resistor? Muito simples! O ouvido humano nos informaria qual a melhor sonoridade a ser obtida. Enquanto tal condição fosse alcançada, refazer o traço com o grafite do lápis e apagá-lo algumas vezes era a solução.
Resistor a lápis – Antenna – Nº 4