ANTENNA – Uma História – Capítulo XII

Para contornar tais problemas, Antenna  divulgaria uma maneira prática  de se montar uma bateria destinada a alimentação das placas das válvulas, ou ‘bateria B”, que por sua vez deu origem a abreviação da alimentação  “+B”.

Com a utilização de tubos de ensaio, uma estante e lâminas de Ferro e Níquel era possível se construir em casa uma bateria B, capaz de fornecer alguns poucos miliampères destinados a alimentar um receptor sem etapa de potência.

Bateria de Ni-Fe  com tubos de ensaio  – Antenna – Nº3  

Não pensem os leitores que aí terminavam os problemas… Componentes básicos, como capacitores e resistores, muitos dos quais, hoje em dia, são sucateados às centenas, tinham custo elevado e nem sempre estavam disponíveis naquele valor desejado, como ,por exemplo, os resistores de alto valor empregados nos circuitos amplificadores, para a polarização de grade.

Mais uma vez Antenna publicou em seu número 4 uma ideia para solucionar  tal problema, empregando uma tira de fenolite, dois parafusos  e… um traço feito com  lápis número 1, antecipando o que muitos anos mais tarde daria origem aos circuitos impressos. Para  “ajustar”  o valor de tal resistor, simplesmente lançava-se mão de uma borracha de apagar.

Mas…. se os multímetros ainda não haviam chegado por aqui, como saber o valor exato de tal resistor?  Muito simples!  O ouvido humano nos informaria qual a melhor sonoridade a ser obtida. Enquanto tal condição fosse alcançada, refazer o traço com o grafite do lápis e apagá-lo algumas vezes era a solução.

  Resistor a lápis – Antenna  – Nº 4

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