ANTENNA – Uma História – Capítulo X

Folheando este primeiro número, com 36 páginas e impresso nas oficinas gráficas do jornal O Globo,  observamos muitas ilustrações, porém que poucos são os artigos de caráter prático, destacando-se um número expressivo de anunciantes, que totalizavam vinte e um, sendo sete ocupando toda a página.

O preço da revista era de “um mil Réis”, bastante acessível para a época. No expediente consta com Diretor o Engenheiro Elba Dias, que ficaria à frente da revista pelos próximos quinze anos.

 Nesse primeiro número surge uma seção intitulada ‘diga – me por que…,” destinada a dirimir dúvidas dos leitores em relação a assuntos técnicos e que irá permanecer ativa por mais de 30 anos, tendo um breve ressurgimento da década de 1990. Esta seção iria,  anos mais tarde, operar também com uma pequena taxa para as consultas, devido ao grande volume de correspondência e a necessidade de um pronto atendimento.

Interessante observar que as duas emissoras que operavam no Rio de Janeiro, no regime de sociedade entre os seus ouvintes, também possuíam um serviço semelhante de consultas técnicas “ao vivo” e de orientações para o reparo dos rádio-receptores. 

Por se tratar de um primeiro número, evidentemente não havia cartas a serem respondidas, aproveitando-se o espaço para a publicação de um texto sobre “Como se faz uma solda”, em que são detalhadas as técnicas usuais para uma boa soldagem, iniciando-se com o próprio ferro de soldar, “que deve ser limpo com uma lixa velha e depois aquecido em uma chama até que comece a mudar de cor”…

Encontramos também uma página destinada ao humor, escrita e ilustrada por um dos maiores cartunistas da época, Max Yantok, intitulada “Radiotice”.

Charge de Max Yantok

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