O transmissor Marconi, doado pela Companhia Telegraphica Brasileira, com potência de 6 kW, agora propriedade da Rádio Sociedade, era operado sob a responsabilidade do engenheiro João Labre. Toda a instalação foi dirigida pelo engenheiro Welply, da Marconi Wireless Co.
Os Diretores da Rádio Sociedade trabalhavam sem qualquer remuneração, além de cerca de vinte sócios que se revezavam na direção do estúdio e na biblioteca da secretaria.
Em 1924 o número de sócios efetivos já ultrapassava 2.000, o que equivale a uma audiência de aproximadamente 20.000 pessoas, um número respeitável para a época.
A diretoria da Radio Sociedade possuía também alguns membros honorários, tais como: Francisco Sá (Ministro da Viação), General Ferrié, General Rondon, Senador Paulo de Frontin, Dr. Otavio Mangabeira e o ministro Yan Havlasza, da Tchecoslováquia.
Faziam parte da Equipe Técnica: Prof. Dulcídio Pereira, Carlos Lacombe, Cauby Araújo, Jorge Leuzinger, Jacques Welply e José Jonotskoff.
Na época, os receptores de rádio eram em sua maioria simples “Galenas”, embora alguns entusiastas já possuíssem “Regenerativos” e alguns poucos modelos comerciais. Os primeiros eram quase sempre construídos artesanalmente pelos entusiastas do Rádio
A situação era bem semelhante àquela de anos atrás com aqueles que se iniciavam na computação. Para operar o equipamento eram necessários alguns conhecimentos técnicos.
Visando atingir este tipo de ouvinte, Roquette–Pinto lançou em abril de 1924 uma revista chamada “Rádio”, que informava não só a programação da Rádio Sociedade, mas também alguns artigos de caráter técnico e de divulgação científica.