A manutenção da emissora era outro problema a ser resolvido. Como o rádio ainda era uma novidade, conhecido apenas por uma pequena minoria que possuía alguns dos raros receptores, e a divulgação de comerciais fosse proibida, seria necessário que a emissora tivesse uma organização baseada em uma sociedade de ouvintes, os quais contribuiriam com uma certa quantia para que a programação se sustentasse. Daí o nome de “Rádio Sociedade”.
Segundo depoimento de Roquette-Pinto, esta solução traria ainda como benefício redução das críticas que pudessem surgir em relação à programação.
Em 7 de setembro de 1923 a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro deixa as instalações da Avenida Central e inicia suas transmissões regulares, agora no Pavilhão da Tchecoslováquia, localizado quase defronte à Santa Casa de Misericórdia, e que foi cedido pelo Governo Brasileiro à Academia Brasileira de Ciência e à Rádio Sociedade.
Tão logo soube da resolução do Ministro da Justiça no que se referia a esta doação, o Ministro Yan Havlasz, representando a Tchecoslováquia fez questão de entregar pessoalmente ao prof. Henrique Morize uma das chaves do edifício, que ainda guardava em seu poder.
As torres da antena da Rádio Sociedade, agora com o prefixo PR-AA, eram as mesmas que tinham sido utilizadas na Estação do Corcovado e que, graças a autorização especial do prefeito do Distrito Federal, puderam ser erguidas junto ao pavilhão.
