Interessante observar a (cara) chave de comutação de tensão da rede elétrica, permitindo ampla escolha de tensões e evitando as sobrecargas que poderiam ocorrer em redes de 127VCA para equipamentos de 110VCA, por exemplo.
Em relação ao seu concorrente direto, o P1 da Gradiente, podemos observar que o CM5000 tem menos recursos, como, por exemplo, o controle de médios e o misturador de entradas de fonocaptor, mas, no cômputo geral, é bem completo também.
É um projeto mais simples, mas muito bem feito e utilizando, também, componentes de boa qualidade.
A unidade que analisei foi-me emprestada pelo confrade Regivaldo, e está em excelente estado de conservação. Aparenta ter sido muito pouco utilizada, sem poeira internamente e com todas as chaves e potenciômetros em bom estado. Necessitou, apenas, de alguma lubrificação.
A única menção, interessante, em relação ao aparelho é que, nos testes, ao medir a diafonia, obtive inicialmente -1,3dB, o que é estranho. O controle de balanço funcionava corretamente e, ao se desconectar um dos cabos de entrada, o sinal continuava a aparecer nos dois canais de saída.
Uma inspeção na placa das chaves de seleção de tape monitor mostrou restos de solda curto-circuitando os canais esquerdo e direito nesta placa, na chave do tape A. Isso juntava os sinais antes de entrar na seção de balanço e volume.
Porém, as soldas defeituosas eram originais, e não resultado de alguma manutenção mal feita, ou seja, esse equipamento saiu da fábrica em 1980 com esse problema e assim ficou desde então. Como o controle de balanço estava efetivo, creio que ninguém notou o problema, o que mostra, mais uma vez, que os limites de nossa percepção acústica são bastante elásticos em relação à qualidade e à fidelidade do que ouvimos.
Neste caso específico, como o equipamento está muito bem conservado, procedemos aos testes sem fazer o tradicional “recap”. Caso as medições discrepassem muito do manual ou mostrassem algum problema, faríamos a troca dos componentes. Como a montagem interna facilita a manutenção, o próprio dono, que tem conhecimento técnico para tal, poderá fazê-lo, posteriormente.
Isso não significa que essa manutenção preventiva não seja necessária, pois, apesar de serem bastante duráveis, recomenda-se que tais componentes sejam substituídos após mais que 40 anos de fabricados. Evitam-se dores de cabeça, no futuro.
Olá Yared!!!
Texto excelente como sempre.
Vejo várias pessoas faldrem mal do CM, que ele tem nivel de saída baixo, tonal pouco atuante, etc… Possivelmente não souberam/sabem usar?
abs
Obrigado, Fernando. Se compararmos a saída do CM, a 0dB no medidor, que é de 0,71Vrms, com a do P1, no mesmo 0dB, que é de aproximadamente 2,5Vrms (1,5Vrms a -3dB pelo manual, na posição VU), faz sentido que o pessoal tenha a percepção do baixo nível de saída. Entretanto, ele entregou com baixa distorção 1,5Vrms à saída, com o VU a +5dB, o que deve ser suficiente para excitar qualquer bom amplificador. Talvez o ajuste do 0dB devesse ser outro, mas o resto não me pareceu estar muito fora do normal. É um bom aparelho com excelente montagem e características técnicas, mas, realmente , um pouco diferente do P1, nesse sentido.
excelente análise. mostra um produto muito competente para a época do seu lançamento, memória sem recap. diferente de umas avaliações comer ias que dizem que o produto é um bosta e merece uma alteração significativa para ficar bom. Distorção muito boa. Lembrando que o aparelho tem 40 anos no minino. Parabéns pela avaliação isenta e 100% correta. Só posso.dizwrnqie pessoas.como você fazem a diferença.
Obrigado, João. Vindo do amigo, fico muito contente pelo comentário. Abraço,
opps! cheio de erros de texto. mas dá para entender. me desculpem!