O Rômulo gentilmente nos cedeu o aparelho para análise, e, como ele estava com um canal defeituoso, partimos para seu conserto e alguma restauração, básica, apenas, em sua eletrônica.
Os painéis frontal e traseiro estavam em razoável estado, precisando de limpeza e, aparentemente, pela descoloração dos conectores, ou esquentou bastante durante seu uso ou estava em ambiente com iluminação solar direta.
De qualquer forma, os bonitos knobs torneados, típicos dos amplificadores da Spectro, e o chassis compacto ainda estão em bom estado.
O painel frontal é simples, e com os controles e indicadores necessários a um amplificador de potência, com knobs de volume separados por canal, indicadores de sobrecarga, saída para fones de ouvido e seletores para dois sistemas de sonofletores. Não foi usada a complexa e bonita solução de painel retro iluminado de acrílico, presente nos outros amplificadores da empresa.
Também possui uma chave rotativa de cinco posições que permite apresentar o sinal amplificado à saída de diferentes formas; mono, estéreo normal e em ponte, em três configurações. Tudo indica que este equipamento deve ter sido feito visando sonorização ou conjuntos em instalações de ambientes maiores.
No painel traseiro, dois pares de conectores de pressão para sonofletores, seleção de rede elétrica e um par de entradas e saídas de baixo nível, com uma chave de seleção “mestre/escravo”, o que indica, mais uma vez o uso em sonorização, podendo o equipamento excitar, ou ser excitado em uma cadeia de outros amplificadores.
Destacam-se, também, os grandes dissipadores de alumínio anodizado, que ocupam a maior parte do painel traseiro, que é também o dissipador de calor do BPA-2150. Esta solução foi adotada em seus irmãos menos potentes, e indicam que essa área do amplificador vai ficar bem quente, quando em operação em altos níveis.