O amplificador estava operando em classe B com baixa corrente de repouso, o que não é ruim, se forem feitos os ajustes adequados em seu funcionamento.
A propósito, se os harmônicos gerados por esses pequenos “glitches” na senoide, a 10kHz, são audíveis ou não é uma outra história, que dá muita discussão e será tratada em outro artigo de Revista do Som, no futuro.
Como havia, no esquema, a menção específica de um resistor de ajuste, procedi a ele, atentando para que a corrente de repouso não fosse excessiva, o que, nesse tipo de montagem, poderia prejudicar o circuito.
O lado positivo é que, apesar da distorção maior, no caso deste amplificador, sem ajuste, configurado dessa forma, ele apresenta eficiência maior, trabalhando mais frio e, por consequência, com maior durabilidade. Esse deve ter sido um dos pontos a favor da Quasar na escolha de aparelhos para sonorização.
Interessante que, a exemplo de outros fabricantes da época, os transistores de saída utilizados no amplificador eram os bons e velhos 3055, fabricados pela RCA com o sufixo C e apenas um deles, original também, tinha sufixo E.
Parabéns, Yared, excelente review técnico. Só achei falta da medição do slew rate.
Tive alguns quasar, são aparelhos bons, honestos e confiáveis, apesar de eu achar que eles poderiam ter melhorado a seção de pré amplificador.
Fiquei curioso do porque há tanta diferença entre canais na medição da DI SMPTE. Poderia informar pq houve tal diferença?
Muito obrigado por vc nos brindar com a matéria, e ao Alfredão, por toda a dedicação em nos trazer esta revista de qualidade.
Abraços.
Obrigado, Régis,
O “slew rate” não foi medido porque não havia com o que compará-lo. A Quasar não o informou, pelo menos na literatura que tive acesso. Quanto à diferença entre canais da DI SMPTE, podem ser vários fatores, desde algum problema naquele canal quanto, por exemplo, já que uma das componentes do sinal de teste tem frequência de 60Hz, interferência da CA que corre dentro do aparelho, pois algumas vezes a fiação do primário corre mais próxima de um canal que do outro, bem como, neste caso, o transformador de força fica mais pórximo de um deles. Nas próximas análises verei se vale a pena mudar a componente de baixa frequência par algo que não seja múltiplo de 60Hz, por exemplo, para verificar se há mudança. Abraço,
Você considerou a potencia como Boa. Diga- me como você propõe uma fonte mais potente? Tenho um QUASAR 4400. Trafo c/ maior amperagem?
Prezado Augusto, para um amplificador com dois pares de 3055 na saída, a potência máxima, com um canal em carga, no QA4400, chegou a 86W por par, em 4 ohms. É um bom resultado para essa família de transistores. Alcançar isso com os dois canais em carga implicaria um transformador com maior capacidade de corrente, como você sugeriu. A diferença de potência com carga de um para dois canais excitados ficou em aproximadamente 1dB, o que já seria perceptível. Para este caso, o que deveria ser feito é verificar-se a queda de tensão com os dois canais carregados e com um canal carregado, em relação à tensão sem carga, no secundário do transformador, e aumentar sua capacidade de corrente proporcionalmente. No chute, eu diria que, dos 430VA de consumo estimados, com o aumento de potência medida no artigo, uma unidade de 550Va a 600VA, de boa qualidade, com algum aumento da capacitância de filtro principal, digamos em uns 50%, seria suficiente. Abraço,
Perfeita a sua exposição sugestão. Tenho pessoa de confiança p/ fazer o trafo com o VA de 600
Vocês teriam como me enviar o esquema original da fonte do QA 4 400 ?
olá boa noite, você tem o esquema do quasar QA4400
Não temos. Tente em quasar.eng.br