Quanto a isso, vemos que a Quasar manteve-se fiel à sua filosofia até seu fechamento, que era manter altíssimo nível de nacionalização de seus produtos. Uma afirmação, que pode ser verificada mesmo hoje em dia, é de que isso traria ganhos e simplicidade na manutenção dos aparelhos, o que é verdade, pois mesmo hoje em dia é muito simples encontrarem-se componentes para conserto dos Quasares, muitos ainda em funcionamento, quase 50 anos depois de fabricados.
Singular, para dizer assim, era a maneira como a empresa lacrava seus equipamentos. Na foto acima podemos ver que a tampa inferior, assim como a superior, era aparafusada e rebitada… Como este equipamento em particular era da série X, na qual a Quasar dava 5 anos de garantia nas peças e na montagem (pense nisso na década de 1980, aliás, pense nisso hoje em dia; quem dá 5 anos de garantia em equipamentos eletrônicos, atualmente?), isso não seria problema, como, na verdade, não foi, porque, corretamente utilizada, esta unidade nunca precisou de manutenção, em seus quase vinte anos de uso.
E, aqui, podemos citar outra característica desses equipamentos: sua robustez.
Construídos com chassis metálicos robustos, e bem montados, não davam muito problema e o desta análise, apesar de estar guardado há uns 15 anos, necessitou apenas de limpeza interna, para retirada de poeira e alguma lubrificação nas chaves seletoras, e só… funcionou corretamente quando ligado, na bancada, para testes, com todos os seus componentes originais. Estava lacrado, ainda.
Mas estava realmente muito empoeirado. Futuramente será lavado, terá seus capacitores eletrolíticos substituídos por novos e seu painel será refeito.
Mas, para esta análise, iremos verificar, basicamente, duas coisas: os Quasares eram realmente robustos e duráveis e, se comparamos o QA-7070, último modelo da primeira série, com os seus semelhantes mais antigos, como o QA-2300, analisado em Antenna de fevereiro de 1974, houve melhoria em suas características técnicas, particularmente em seu estágio de amplificação?
