Análise do Amplificador Integrado Technics SU-V303

Marcelo Yared*

Em Antenna de dezembro de 2020 fizemos a análise do amplificador integrado Model 246, da Gradiente (http://revistaantenna.com.br/analise-do-amplificador-integrado-gradiente-model-246/). Uma das motivações para sua restauração e teste foi a verificação dos atributos da tecnologia Super A embarcada, que a empresa utilizou, sob licença da JVC.

Havia uma “febre” de opções tecnológicas, à época, oferecendo os benefícios da amplificação de áudio em classe A mas, na visão de seus criadores,  evitando o principal ponto negativo desta – o excessivo consumo de energia, dissipada em forma de calor.

Uma das empresas que disputavam esse mercado era a Technics, divisão da Panasonic, que, por sua vez era uma empresa da Matsushita, e é famosa por oferecer equipamentos de alta qualidade. Seus produtos são, ainda hoje, muito disputados no mercado de som vintage, por conta dessa fama.

Sua arma na batalha dos “quase classe A” era uma tecnologia proprietária conhecida como Synchronous Bias, também chamada de New Class A, para fins de marquetingue, que foi lançada em 1978, com os últimos equipamentos que a utilizam sendo lançados em 1986, quando uma nova tecnologia, chamada de “Class AA”, foi introduzida pela Technics.

Como no Super A da JVC, a proposta era que os circuitos de polarização impedissem o transistor que estivesse fora de seu ciclo ativo de “desligar”, em um amplificador classe B, de forma a emular o comportamento de um estágio em classe A e atenuando, ou evitando, as indesejadas distorções de comutação (crossover).

A tecnologia Synchronous Bias era bastante simples se comparada com as de seus competidores na época, com um conjunto de diodos de alta velocidade e baixas perdas controlando a polarização do estágio de saída, em conjunto com um regulador de polarização convencional.

*Engenheiro Eletricista

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