O sinal que vem do rádio é aplicado no primário de T1, sendo colocado em contrafase para alimentar os transistores T1 e T2. Estes, por sua vez, excursionam a tensão da bateria (12VCC) no transformador T2, e, com isso, a tensão aplicada será multiplicada por 4, pois ele opera como um autotransformador. R1 e R2 fornecem a necessária polarização para o circuito. Tudo bem simples.
Com isso, teríamos, teóricos, 72 watts por canal em 4Ω, um aumento considerável.
Na vida real, com as perdas, essa potência fica em torno de uns 40 watts, o que ainda é bastante para o tamanho dos habitáculos dos veículos modernos.
A solução é inteligente, mas, na prática, ela tem muitos problemas. Vejamos alguns.
O maior é a linearidade dos transformadores. Vamos usar o que aprendemos no artigo sobre transformadores do professor Álvaro Neiva, em Antenna (https://revistaantenna.com.br/transformadores-e-autotransformadores-de-forca-e-de-audio-potencia-e-tamanho/), podemos ver que um autotransformador, de relação 1 para 2, e que responda a sinais de 20Hz, 50W, tem que ter um núcleo (perna central) de aproximadamente 16cm2. Vamos ver qual seria o tamanho aproximado desse transformador em relação ao usado nos reforçadores mais potentes da época, como o Infinity deste artigo.
Uma diferença considerável e que inviabiliza sua utilização em veículos de passageiros.
Grande Marcelo!!!
Tive um MK-II em 1985 quando tinha 20 anos, um Maverick 302V8 nas mãos de e bem pouco juízo na cabeça. Estar vivo após um V8 aos 20 anos na década de 80 é um milagre!
Mas vou te dizer: tocava MUITO! E era o que havia de melhor na época. Ver a foto dele me trouxe a memória instantânea da instalação do som no Maverick!
Obrigado por mais este artigo delicioso….e Feliz Natal
Fernando Kosin
Obrigado, Fernando. Os Infinity eram objeto de desejo da galera, isso é verdade. Forte abraço e Feliz Natal!