Análise de Um “Booster” Automotivo

Podemos observar que o efeito de saturação dos componentes magnéticos do reforçador testado, entre outras deficiências, produz uma forma de onda bem menos achatada e muito mais parecida com uma senoide perfeita. No ceifamento ela será tão desagradável quanto a do amplificador mais sofisticado, mas, até alcançá-lo, nessa faixa de frequências, não parecerá tão ruim, em comparação. 

Nossos ouvidos, em tese, não perceberão de forma clara essas diferenças e, aliás, creio que nenhuma das duas distorções, no contexto da dinâmica de uma música moderna, será bem percebida.

Antenna, em suas edições impressas, tentou medir características objetivas desses equipamentos, mas desistiu, citando as inúmeras limitações observadas no desempenho deles. Limitou-se a fazer análises subjetivas e descritivas de alguns equipamentos, inclusive mais modernos, com configurações em ponte sem transformador (BTL).

Podemos entender o porquê, com base nos resultados apresentados acima, e também a cobrança para que os equipamentos tivessem entradas de baixo nível de sinal, o que poderia aumentar bastante a qualidade sonora, mas, de uma certa forma, aumentaria muito o custo para a demanda de um público não muito preocupado, ou consciente, dos problemas apontados.

Vejam na coluna ao lado, da época, uma das cobranças citadas, com uma foto do (bonito) reforçador automotivo da Bravox.

Podemos concluir de todo o exposto, que nossos ouvidos muitas vezes nos pregam peças, e nos ajudam a tornar a vida mais agradável de se escutar.

Um bom Natal e boas entradas para todos!

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