Relação Sinal-Ruído. Ela costuma ser especificada como um valor em dB que expressa a relação entre o sinal reproduzido e o ruído interno gerado pelo produto. Existem dois métodos principais de medição, um que utiliza uma curva chamada curva A e outro que não utiliza nenhum pré-condicionamento, usualmente chamado de “unweighted“. Valores bons são da ordem de -90dB unweighted e -95dB curva A (ou “A weighted”, ou ainda dBA). Amplificadores de alto desempenho apresentarão naturalmente valores superiores, como respectivamente -105dBA e -110dBA.
Distorção Harmônica: Vamos abordar aqui somente o valor total de distorção harmônica ou THD. Esta é a distorção usualmente especificada na maioria dos produtos e é o resultado de não linearidades no amplificador que produzem artefatos que estão em frequências múltiplas da frequência que está sendo amplificada, conforme já abordamos em coluna passada. Valores bons são aqueles abaixo de 0,05% para amplificadores transistorizados e abaixo de 0,5 % para amplificadores valvulados. Esses valores são geralmente expressos na frequência de 1KHz ou na banda de frequências de áudio (20H\z a 20KHz) e na potência de 1W ou na potência máxima do amplificador. Cada fabricante tem uma forma de declarar. Naturalmente, um valor de distorção que esteja especificado como sendo 0,05% de 20Hz a 20KHz na potência máxima declarada será muito melhor do que outra que especifica 0,05% em 1KHz a 1 W de potência. Mais um caso para ficar atento na forma como os números são declarados.
Fator de amortecimento: em linhas gerais, o fator de amortecimento é um número que nos indica o quanto a saída de um amplificador é sensível às variações na impedância do alto-falante. Quanto maior o número, menor será a alteração na resposta em frequência do amplificador em relação às variações de impedância da caixa. Amplificadores valvulados usualmente têm fator de amortecimento bastante baixo, e como consequência sua resposta em frequência acaba sendo modulada pela impedância dos alto-falantes, produzindo uma equalização que muitas vezes pode parecer como um som de melhor qualidade, mas que, na realidade, é infiel à gravação original. Há também um efeito de melhor controle do movimento do cone do alto-falante (por isso o nome fator de amortecimento), mas, na prática, esse efeito fica abaixo da importância que se dá a ele quando se incluem os cabos de conexão e o divisor de frequências interno da caixa acústica. Bons amplificadores têm fator de amortecimento acima de 100, sendo que os melhores podem chegar a valores da ordem de 1000.
Capacidade de corrente: muitos produtos especificam a capacidade de corrente do estágio de saída em ampères. A capacidade de corrente nos mostra se o amplificador consegue trabalhar com folga ao ser conectado a cargas reativas, como por exemplo, caixas acústicas difíceis de serem excitadas. Valores elevados de corrente evitam a distorção por limitação de corrente do estágio de saída. Números bons são da ordem de 30A para os amplificadores com potência próxima de 200W medios (RMS) e se alteram proporcionalmente para potências maiores ou menores.
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Desenvolvemos, nos anos 1980, um sistema de polarização de áudio por ultra-som.
A ideia foi parcialmente implementada por uma pequena empresa de áudio localizada no sul do País, a qual fazia uso do próprio sinal piloto de 19 kHz fornecido pelas emissoras de FM estéreo para polarizar os estágios finais de amplificadores transistorizados.