A classe D não é uma tecnologia nova. Entretanto, ela não apresentava qualidade sonora até recentemente. Há dez anos, amplificadores classe D eram exclusivamente utilizados em subwoofers, devido à sua limitada banda passante. Isso hoje não existe mais, os amplificadores classe D são em sua maioria full-range e reproduzem todo o espectro audível com qualidade. Nos últimos anos, amplificadores classe D de alto desempenho surgiram no mercado. Gradativamente, vários fabricantes têm lançado produtos classe D, entre eles Rotel, Pioneer, e Jeff Rowland, para citar apenas alguns.
E quanto às limitações da classe D? Elas existem e a principal é a distorção produzida pelo tempo morto de chaveamento (chamado de Dead Time). Quanto maior o Dead Time, maior a distorção. Por outro lado, se o Dead Time é muito pequeno ou próximo de zero, há risco para a confiabilidade do amplificador, a não ser que se lance mão de técnicas especiais. Houve ao menos uma marca (que é nacional e do segmento automotivo) com produtos com a tecnologia ZDTS (Zero Dead Time Switching), que promete a melhor reprodução possível atualmente em classe D, cotada como superior aos melhores amplificadores classe AB do mercado.
Classes G e H são duas classes de amplificação onde há um chaveamento na tensão de alimentação quando o sinal musical ultrapassa certo limite. Isso aumenta a eficiência e permite a obtenção de maiores potências para um dado tamanho e peso. Essa classe é bastante comum em áudio profissional. Apesar disso, reina no mercado profissional uma confusão considerável, pois amplificadores classe G são especificados como de H e vice-versa. Isso ocorre notadamente nos mercados europeu e americano.
Após essa exaustiva descrição de classes, o que o nosso leitor deverá ter em mente? Se o uso é em home theater, as opções são somente duas, em função da quantidade de canais e potências envolvidas: classe AB e Classe D, sendo que os fabricantes de receivers multi-canais estão no momento migrando suas linhas para classe D, em função das possibilidades de reduzir espaço e custo.
Se o leitor usa estéreo, as opções são (em ordem alfabética) classe A, AB, D, G/H. A decisão deve ser feita em função do custo, peso, geração de calor e desempenho. Lembrando-se de que quanto mais eficiente o amplificador, mais “verde” este será, pois utilizará menos energia para trabalhar, tornando o prazer de ouvir música ou ver um filme um pouco mais amigo do meio ambiente.
Boa! Cada vez mais a revista traz ótimos artigos. Parabéns!
Desenvolvemos, nos anos 1980, um sistema de polarização de áudio por ultra-som.
A ideia foi parcialmente implementada por uma pequena empresa de áudio localizada no sul do País, a qual fazia uso do próprio sinal piloto de 19 kHz fornecido pelas emissoras de FM estéreo para polarizar os estágios finais de amplificadores transistorizados.