Classe A: são os mais lineares (ou seja, apresentam inerentemente menores valores de distorção) e menos eficientes. São amplamente utilizados em pré- amplificadores, em circuitos onde a potência é muito baixa. Na prática, os amplificadores de potência em classe A têm eficiência na ordem de 20 a 25%, pois eles estão trabalhando o tempo todo com potência elevada, mesmo sem sinal em sua saída. Isso significa que eles dissipam os outros 75 a 80% da energia em calor. Logo, esses amplificadores são grandes, pesados e trabalham em temperaturas elevadas. Lembrando o que já discutimos sobre distorção por cruzamento na coluna do mês passado, os amplificadores classe A estão, por conceito, livres desse tipo de distorção, que está associada às classes B/AB. Além disso, devido à geração de calor, as potências obtidas não costumam são altas. As Subclasses A1 e A2 são utilizadas em amplificadores valvulados.
Classe B: a próxima classe de amplificação oferece boa eficiência, mas baixa linearidade (ou seja, altas taxas de distorção), principalmente pela existência de distorção por cruzamento elevada. A eficiência teórica é de 78%. Hoje em dia, amplificadores classe B são utilizados somente em equipamentos portáteis para voz e não mais em produtos de melhor qualidade, tendo sido substituídos pela classe AB. As vantagens imediatas do conceito são: não há muita dissipação de calor, pois a energia não é utilizada até que ela seja necessária. Isso significa que eles se tornam mais leves, menores e trabalham mais frios que os amplificadores classe A.
Classe AB: esta é até hoje a classe de operação mais popular no mercado, pela facilidade em se obter bom desempenho aliada a um custo razoável. A classe AB, como o próprio nome diz, é uma operação entre as classes A e B. O quão ela está próxima da classe A ou B depende de decisões do fabricante, mas geralmente ela está muito mais próxima da classe B do que da classe A. A distorção do cruzamento é minimizada (mas não eliminada), e toda a ineficiência de operação da classe A é deixada de lado. Esta combinação de boa eficiência (ao redor de 50% a 60%) com uma linearidade razoável é o que faz a classe AB o tipo mais popular de amplificação. Classes AB1 ou AB2 são subclasses utilizadas em amplificadores valvulados.
Classe D: Amplificadores classe D são aqueles que não trabalham de forma linear, mas sim através de uma forma de amplificação chamada de chaveada. De forma similar a um sistema digital, os elementos de chaveamento possuem somente dois estados: ligado (1) e desligado (0). O amplificador funciona transformando a entrada de sinal em uma sequência de pulsos de tensão mais elevada que são proporcionais ao sinal de entrada. A saída analógica é conseguida reconstruindo-se o sinal modulado através de um filtro. Com esta técnica consegue-se um amplificador em teoria 100% eficiente.
Porém, existem limitações práticas e os amplificadores classe D conseguem eficiências da ordem de 90%. Isso se traduz em produtos menores, que geram muito pouco calor e consomem pouca energia para operarem.
Boa! Cada vez mais a revista traz ótimos artigos. Parabéns!
Desenvolvemos, nos anos 1980, um sistema de polarização de áudio por ultra-som.
A ideia foi parcialmente implementada por uma pequena empresa de áudio localizada no sul do País, a qual fazia uso do próprio sinal piloto de 19 kHz fornecido pelas emissoras de FM estéreo para polarizar os estágios finais de amplificadores transistorizados.