Já o Aeriola Jr. pode dar um pouco mais de trabalho. É um tanto difícil encontrar os cristais de zincita e bornita, utilizados no detector Perikon, o qual não se recomenda mudar para o simples de galena, nem substituir por um diodo de germânio, sob pena de tirar a originalidade do aparelho.
O variômetro e a Radiotron WD-11
Dois detalhes interessantes do receptor Aeriola são os variômetros e a válvula WD-11. As pesquisas com a válvula WD-11 como detectora iniciaram nos laboratórios da Westinghouse Electric, em New Jersey, nos meados de 1921, já no projeto do receptor Aeriola Senior. A válvula logo passou a ser usada em outros receptores da época, incluindo os Regenoflex e Radiola. A WD-11 teve até uma versão denominada como “11”, produzida na Europa pela Philips Miniwatt.
A WD-11 é uma válvula tríodo de aquecimento direto, com Vf de 1,1V e If de 250mA. Tensão máxima de placa 135V. Com 90V em placa fornecia 0,007W de potência de saída, o suficiente apenas para a escuta com fones. O Aeriola originalmente era alimentado por pilha seca “B” de 22,5V e “A” de 1,5V. Por causa de sua raridade, a WD-11 é uma válvula altamente colecionável. Alcança elevados preços atualmente: uma WD-11 de primeira geração como a da foto 3, com base de latão, selagem no topo do bulbo e boa emissão, está acima de US$ 150.00.
O variômetro é um dispositivo do receptor Aeriola pouco conhecido hoje em dia. Basicamente um variômetro consiste de dois ou mais indutores em série, um funcionando como estator e os outros como rotores, com núcleo de ar e com um sistema de ajuste : se os indutores estão em posição colinear, com os enrolamentos na mesma direção, a indutância é máxima. Se os enrolamentos são colocados em oposição, a indutância total é diminuída ou anulada. Isso permitia um certo ajuste na sintonia sem a utilização de capacitores variáveis de capacitância elevada ─ talvez o componente de maior custo antigamente. No Aeriola o variômetro faz parte dos circuitos sintonizados de grade e placa.
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Foto 3: a histórica válvula RCA Radiotron WD-11.
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