A Westinghouse apresentou duas soluções: um rádio de cristal que utilizava um detector tipo Perikon, com dois cristais, um de bornita e outro de zincita, o que melhorava muito a qualidade do som. A outra solução da Westinghouse foi um rádio regenerativo de apenas uma válvula, no caso, uma WD-11, de 0,25A. Ambos os aparelhos tinham concepção simples e operação fácil, como podemos ver pelos esquemas abaixo:
Para que os aparelhos se parecessem com uma caixa de música, foram montados em um pequeno gabinete com tampa de dobradiças que se fechava como um estojo. Quando lançados no mercado o Aeriola Jr. (cristal) e o Aeriola Sr. (valvulado) custavam, respectivamente, US$25.00 e US$65.00. Inadvertidamente, Sarnoff havia lançado ao mundo os dois primeiros aparelhos eletrônicos de consumo de massa. Até então, o único aparelho acessível ao grande público era o fonógrafo. Se seu hobby não fosse o rádio, apenas teria discos e cilindros como fonte de entretenimento doméstico. Sarnoff viu a possibilidade de mudar isso.
O detector Perikon
Foto 2: O detector a cristal mais conhecido é o de galena (sulfeto de chumbo) ─ mas o detector tipo Perikon foi o escolhido para ser usado nos aparelhos Aeriola e em vários outros receptores comerciais e militares. Foi inventado por G. W. Pickard. O nome Perikon é um acrônimo de PERfect pIckard CONtact. Funciona com dois cristais, de bornita (um sulfeto mineral) e de zincita (óxido de zinco). Quando o cristal de bornita toca superficialmente o cristal de zincita, forma-se no ponto de contato um diodo semicondutor, o qual demodula o sinal de rádio.