A técnica ─ e a arte ─ da calibração de FIs

Materiais ferrosos aumentam a indutância. Materiais como o latão, como já comentamos, diminuem a indutância. Na figura 9  ilustramos como pode ser improvisado o “bastão de teste” de indutâncias.

Figura 9. Ferramenta improvisada, para “sondar” a indutância em bobinas de FI antigas, com núcleo de ar. O corpo é de uma caneta esferográfica. Em uma ponta está um tarugo de material ferromagnético aproveitado do núcleo de um indutor da sucata. Na outra ponta monta-se um tubo ou parafuso de latão (checar para que seja de latão e não de ferro latonado). O latão, ao ser inserido na bobina diminui a indutância (aumenta a frequência). O núcleo ferromagnético aumenta a indutância (diminui a frequência de ressonância). Serve para avaliação rápida se o indutor está acima ou abaixo da sintonia.

Nem todos os transformadores de FI são iguais. Há transformadores de FI idênticos na aparência, mas que funcionam em frequências diferentes. Assim é o caso da famosa linha 5730 da Philips/Ibrape, com ferroxcube. Externamente são iguais, possuem baixas perdas, o mesmo fator Q de qualidade elevado, mas operam em frequências intermediárias ligeiramente diferentes. Na figura 10 a seguir, estão representados os três tipos do transformador.

Figura 10. Algumas marcas, como a Philips/Ibrape, produziram transformadores com curvas e aparências idênticas, mas com frequências centrais de ressonância diferentes.

Para operação na frequência central de 455 kHz, o transformador correto é tipo 5730/52, que possui cobertura de 446 a 464 kHz (cor laranja no gráfico que aparece desenhado na figura 10).  O transformador Philips identificado como 5730/41 foi projetado para frequências intermediárias entre 435 e 454 kHz. O tipo 5730/70 é para frequências intermediárias entre 464 e 481 kHz. Todos são para capacitância primária e secundária de 115 pF, valor do capacitor de fio instalado pelo fabricante Philips/Ibrape em paralelo com cada bobinado.

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