A técnica ─ e a arte ─ da calibração de FIs

As outras ferramentas necessárias são as chaves de calibração, de material isolante, para mínima influência nos circuitos sintonizados. Além de desajustes na frequência de ressonância dos circuitos, chaves de metal podem produzir curtos-circuitos entre o +B presente na armadura de capacitores ajustáveis dos transformadores de FI e a blindagem externa.

Há chaves de calibração que possuem uma ponta com terminação em latão. São para parafusos de ajuste das bobinas. O latão diminui a indutância; o aço aumenta.

Os novatos podem ter a falsa impressão de que uma chave de fenda comum, em alguns circuitos não produz alteração na ressonância, durante o ajuste. É que a calibração se desajustará ao se retirar do indutor o objeto de metal.

Figuras 7 e 8. Um atenuador ajustável na saída do gerador de sinais é útil para evitar efeito de sobrecarga nos circuitos sintonizados do receptor: a calibração deve ser feita com o sinal reduzido ao mínimo. À direita, transformadores de FI da Induco: há núcleos cujo ajuste deve ser feito com uma pequena chave de calibração, plástica, com ponta hexagonal.

Como se sabe se uma bobina antiga de FI com núcleo de ar, “mexida”, está acima ou abaixo da frequência de ressonância necessária?

Com um bastão de material isolante: em uma ponta do bastão cola-se um tarugo de núcleo ferromagnético, aproveitado de algum indutor velho, da sucata. Na outra ponta do bastão cola-se um tubinho, parafuso ou tarugo de latão.

Se o volume do sinal aumenta no alto-falante quando se introduz o núcleo de material ferromagnético, a bobina de FI está abaixo da indutância ótima.

Se o volume do sinal aumenta quando se introduz na bobina a ponta com latão, isso significa que a sua indutância está acima da ótima, ou seja, que a indutância ótima deve ser menor do que a atual.

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