A técnica ─ e a arte ─ da calibração de FIs

O primeiro passo sempre é tentar levantar o dado através da literatura técnica sobre o equipamento. Não se encontrando a informação sobre a FI, pode-se tentar determiná-la através de gerador de sinais que tenha escala calibrada. Variar a frequência do gerador lentamente, ao longo da faixa, observando qual a frequência que proporcione a maior saída no medidor conectado no alto-falante. A FI do receptor será correspondente, com boa dose de aproximação, à encontrada no mostrador do gerador, se este for do tipo com escala calibrada. Não esquecer que em alguns aparelhos a frequência intermediária pode ser bastante baixa, como 138, 175 ou 262 kHz.

Caso o sinal do gerador seja conectado ao receptor através das indutâncias de entrada é recomendável trabalhar, na calibração, com uma “antena artificial” entre o gerador de sinais e o conector de antena. Um circuito de antena artificial ou antena fictícia proporciona uma melhor adaptação entre o sinal do gerador e o receptor.


Eis aqui um circuito de antena artificial, usado pela Philips holandesa, que equilibra a saída do gerador de 50 Ω e a entrada do receptor. O acessório simula também a impedância de certas antenas de fio comprido. Receptores antigos eram projetados para funcionar com antenas que podem apresentar impedâncias de ± 400 Ω a 1.000 Ω, dependendo da frequência. O circuito da antena artificial “tripla” abaixo pode ser montado dentro de uma pequena caixa. Usar fio blindado entre o gerador de sinais e o dispositivo.

Figura 13. Circuito que funciona como antena artificial, para calibrações em receptores, empregado antigamente pela Philips holandesa. Era montado como ponta de prova e equipava geradores de sinal produzidos pela indústria. C101 e C102 são de 220 pF. R100 é de 390 Ω, de carvão (não indutivo). O indutor L100 é de 20 µH e pode ser construído com 105 espiras de fio esmaltado de 0,1 mm de diâmetro, enroladas sobre R100. Os capacitores C102 e C103 servem para acoplamento direto dos sinais do gerador aos circuitos do receptor. C102 é de 1,5  nF e C103 é constituído por dois capacitores de 15 nF, ligados em paralelo. O borne tipo fêmea “Y” corresponde aos 50 Ω  do gerador, para equilíbrio de impedâncias. Ilustração: Philips Kuntstantenne PM 9532 N. 

Era o que tínhamos para esta edição, pessoal! Gratos pela companhia, fiquem sempre em sintonia com ANTENNA, desde 1926 acompanhando os reparadores e restauradores!                                           ─ ─ • • •    • • • ─ ─

Deixe um comentário