AGUÇAMENTO DOS PULSOS
A atenuação de frequências altas não ocorre em circuitos práticos. Quando existe, em virtude de um filtro passa-baixas, podemos geralmente recorre aos circuitos de reforço de frequências elevadas para restabelecer a agudeza original do pulso.
A atenuação de frequências altas não superior a 6dB/oitava pode ser compensada com um circuito de reforço simples, como o da Fig. 2A, ou mediante a derivação de um resistor de catodo, ou de emissor, por um capacitor de valor apropriado (nos circuitos de vídeo).
Geralmente, a atenuação de frequências altas do sinal de vídeo num televisor ocorre nos estágios de F.l. e amplificação de vídeo.
Embora a atenuação total possa ultrapassar o montante suscetível de ser completamente corrigido ou compensado por circuitos práticos, na maioria dos televisores, tais circuitos produzem resultados que constituem uma conciliação razoável. (Estamos omitindo o obstáculo suplementar de um possível deslocamento de fase, que tira a nitidez da imagem sem, necessariamente, restringir muito a faixa de passagem.)
As formas de onda das Figs. 8C e 8D mostram como um filtro RC produz a correção parcial da atenuação. O excesso de correção tem por efeito inclinar a parte final do pulso, como vemos na Fig. 8E.
A forma de onda da Fig. 8F parece um tanto semelhante, mas foi produzida por um filtro de atenuação de frequências baixas, que entra em ação acima da frequência fundamental (observe a inclinação da linha em seguida ao pulso).
A maioria dos circuitos de compensação de frequências altas utiliza indutores denominados bobinas de aguçamento. A indutância destas bobinas de aguçamento combina-se com as capacitâncias espúrias existentes, formando circuitos sintonizados.
Este método é empregado porque obtém-se algum ganho à frequência ressonante do circuito sintonizado.
Por outro lado, não são necessários divisores de tensão, com suas perdas intrínsecas às frequências baixas.
O circuito da Fig. 9A foi usado para experimentar os efeitos da resposta de frequência sobre os pulsos. R1 e C1 atenuam as frequências altas, passo que R2, L1 e C2 determinam a frequência de ressonância e o “Q” do circuito, e R3 limita o grau de aguçamento alcançado.
O pulso da Fig., 9B exibe uma correção “de conciliação” satisfatória do pulso degradado da Fig. 8C. Um sinal de sobreoscilação aparece na crista do pulso, e outro após o flanco direito do pulso.