A Pinguela

Poderá ser arrumada por meio de um palito, para eliminar as bolhas de ar. Depois de cheia, quando a massa “puxar”, pode-se aplicar um pouco mais para preencher o rebaixo, e depois de endurecer, os excessos podem ser acabados por meio de lixa. A carga, que deve ser a mais grossa possível (mais farinha do que melado), tem duas finalidades:

1) Conduzir o calor para o exterior.

2) Fazer o vácuo (de ar) no interior da peça, evitando a oxidação e queima dos resistores em contato com o oxigênio do ar.

É evidente que o Gasparzinho é um fantasma de brinquedo e não se pode exigir dele um serviço de adulto. Se jogarmos nele duas 813 a pleno, vai tudo “pro brejo”.

AFERIÇÃO

Para aferição e utilização do dispositivo, necessitamos de um indicador. Um galvanômetro de 1 mA pode ser ligado diretamente em J3 por meio de um cabo blindado de microfone, de comprimento adequado, cuja missão é evitar retrocessos devidos à “chuva” de R.F. produzida pela antena. R3 é o controle de sensibilidade, com o qual determinamos um nível adequado no galvanômetro, e, à medida que vamos atingindo o equilíbrio, podemos aumentá-lo ao máximo.

Com o Gasparzinho adequado, instalado em J2 por meio de um conector macho-macho, ajusta-se R1 para leitura nula.

UTILIZAÇÃO

Uma vez a Pinguela aferida para o valor desejado, remove-se o padrão e instala-se o cabo da antena. Se esta estiver absolutamente certa, com uma R.O.E. de 1:1, a leitura do galvanômetro continuará sendo nula. Qualquer indicação acima de zero indicará um maior ou menor desvio em relação ao valor desejado, e a presença de estacionárias.

A Pinguela e os padrões foram provados e estão lisos e retos até 35 MHz; se você tiver meios de experimentar com frequências maiores, poderá reportar os resultados.

Os padrões medidos com uma ponte de Wheatstone acusaram as resistências de 74 Ω e 51,5 Ω.

INTERPRETAÇÕES

É possível que o seu dipolo tenha a dimensão correta quanto à frequência (o que é fácil), mas que por uma questão de altura efetiva real exiba uma impedância puramente resistiva, mas de outro valor, digamos, 90 Ω. Dependendo do comprimento do cabo, esse valor poderá ser transformado para outro também resistivo; retocando, agora, o controle de equilíbrio, R1, você encontrará um novo nulo, indicando que a carga é puramente resistiva, embora de valor diferente do esperado.

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