A Pinguela

O CAPTADOR

Esse elemento consta de um pedaço de tubo de cobre ou latão, com diâmetro interno nominal de 3/8 de polegada, constituindo a parte externa do sensor. No seu interior é enfiado um pedaço do “pavio” de cabo coaxial grosso de 53 Ω (RG8U ou equivalente),  o qual liga J1 com J2.

O comprimento total do elemento não é crítico, e será função da caixa adotada. Não deve ser demasiado longo para não introduzir distorções no cabo onde for aplicado, principalmente em 28 MHz.

Com o tamanho adotado no protótipo, a sensibilidade é mais do que suficiente para todas as frequências, nas aplicações normais; um Deltinha em 80 m ou um PX em 27 MHz, com 5 watts.

A única recomendação é que o tubo externo deve “vestir” ao máximo o “pavio” interno.

INSTALAÇÃO

A Pinguela deve ser ligada na saída do transmissor por um pedaço curto de cabo coaxial da mesma impedância do cabo utilizado na antena. Esse cabo terá um comprimento ditado pela comodidade e. logicamente, não há necessidade de ir além de 50 cm. Após a aferição, ligaremos em J2 (saída) o cabo da antena. Essa aferição será realizada com auxílio de uma carga puramente resistiva do mesmo valor do cabo coaxial utilizado: 50 Ω para os cabos de 50 Ω a 53 Ω, e 75 Ω, para os de 72 Ω a 75 Ω. Para isso, construímos dois “fantasminhas” padronizados nas citadas impedâncias.

O “GASPARZINHO”

É o fantasminha camarada das estórias em quadrinhos, dos desenhos animados e da nossa Pinguela. Para sua construção, utilizamos o corpo de um fusível, marca Siemens, tipo 3NA1. É um bloco de porcelana que tem em uma das “caras” uma chapa de alumínio, onde vai montado um conector coaxial fêmea, com duas varetas de latão, constituindo as ligações frias. Dois resistores com o valor indicado são montados no conector e enfiados no estojo de porcelana. O interior desse estojo é então preenchido com uma composição de Araldite com uma substância de carga.

No nosso caso, utilizamos areia absolutamente limpa e quimicamente pura; a de praia não serve pois está contaminada por sujeira e compostos químicos, principalmente cloreto de sódio. Se for peneirada, lavada com detergente, bem enxaguada em abundância de água corrente e secada ao sol ou no forno do “cristal”, serve perfeitamente. Entretanto, como alternativas temos: mica em pó, amianto em farelo, pó de mármore, e miçangas de vidro miudinhas para bordado (vidrilho). Entretanto, o melhor material é mesmo a areia tratada pois é excelente condutor térmico que ajuda a dissipar o calor.

A pasta de Araldite e areia será preparada numa tigela ou xícara não metálica, e deverá ser vertida gradualmente no interior da peça.

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