Emílio Alves Velho*
Um indicador de equilíbrio simples, para instalação permanente.
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Deixando de lado os meus pontos de vista pessoais sobre a R.O.E. e coisas parecidas, eu me coloco na situação do confeiteiro que não gosta de coco, mas fabrica excelentes cocadas para os seus clientes. Os meus “clientes” gostam, desejam e acham necessário verificar o equilíbrio de suas antenas, e foi por isso que eu “bolei” a Pinguela.
O PROBLEMA BÁSICO
O PY pendura um dipolo caprichado, instala no centro um excelente conector osledi, e daí até o “shack”, espicha um cabo coaxial de 75 Ω. Depois, fica olhando para a ponta do cabo e pergunta; será que esta porcaria tem mesmo 75 Ω?
No fundo, ele deseja que tenha realmente, e exiba uma R.O.E. de 1:1, o que chega a ser uma PsYcose. Para ter absoluta certeza, torna-se necessário medir ou avaliar a grandeza e a natureza da impedância apresentada na ponta do cabo.
MEIOS DISPONÍVEIS
Existem uns aparelhinhos chamados pontes de impedância, como o antenoscópio da Fig. 1, com o qual o amador pensa que mede a impedância real. Fiz várias dessas pontes e inventei algumas; todas mentirosas. Só medem com razoável exatidão as impedâncias puramente resistivas, com R.O.E. 1:1 e próximas ao valor padrão (R2 da Fig. 1).
Ora, se queremos medir uma impedância cuja natureza e cuja grandeza são desconhecidas, como empregar uma ponte na qual não se pode confiar plenamente?
Existe também um outro tipo de aparelhinho muito engraçado, chamado refletômetro ou medidor de R.O.E., do qual existem algumas versões, sendo a da Fig. 2 uma delas.
*Original de Eletrônica Popular – março/junho de 1977