A História do LED Azul

Após seu período na Flórida, Nakamura retornou ao Japão e convenceu a Nichia a adquirir um reator MOCVD, trabalhando nele na produção de cristais de Nitreto de Gálio (GaN) de alta pureza do tipo N. Dois pesquisadores japoneses, Isamu Akasaki e Hiroshi Amano, da Universidade de Nagoya, já haviam demonstrado a viabilidade e produzido esses cristais, porém, não conseguiram um processo de produção industrial.

Nakamura, após vencer inúmeras dificuldades, e modificar diversas vezes seu reator nessa jornada, conseguiu, isoladamente, produzi-los, em 1990, resolvendo também dois outros problemas para a produção de LED, a produção de Nitreto de Gálio dos dois tipos (P e N) e a eficiência de emissão de luz, com potência suficiente que permitisse sua visibilidade (coisa de centenas de microwatts). Esses problemas também foram resolvidos, sem a participação de Nakamura, seguindo outra linha de pesquisa, por Akasaki e Amano.

Assim, a Nichia, uma empresa de porte pequeno, venceu a corrida contra gigantes da tecnologia como GE, IBM, Matsushita, Monsanto, Siemens etc e, em 29 de novembro de 1993, apresentou formalmente o primeiro LED azul ao mundo, após uma década de pesquisas.

O restante da evolução dessa tecnologia todos nós conhecemos e testemunhamos, com o uso de lâmpadas mais econômicas e eficientes, novas tecnologias de telas e dispositivos que produzem luz, desde os menores, como os LED de painel, até imensos refletores, que iluminam ruas e estádios. Uma verdadeira revolução.

Nakamura, Akasaki e Amano receberam em conjunto o Prêmio Nobel da Física de 2014, pela invenção de diodos emissores de luz azuis eficientes, que permitiram fontes de luz branca brilhantes e que economizam energia, de acordo com o Comitê Nobel.

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